Servidores se organizam para lutar contra Bolsonaro e GuedesÉ perceptível em todo o País o crescimento da indignação e da revolta dos trabalhadores contra o governo fraudulento, golpista e opressor do presidente Jair Bolsonaro, apoiado pela extrema direita, a burguesia e o imperialismo. São quatorze meses de ataques os mais virulentos contra as condições de vida da população pobre e explorada, da classe operária e dos trabalhadores de uma forma geral.
Um dos segmentos mais atacados e que vem sofrendo os mais duros ataques dos golpistas são os servidores públicos federais, incluindo aqueles que estão sob a esfera estadual e municipal, em todos os Estados da Federação. Bolsonaro e Paulo Guedes elegeram como inimigos principais os servidores públicos e o próprio Estado brasileiro, a quem acusam de serem os responsáveis pelas mazelas provocadas pela política de terra arrasada dos sucessivos governos burgueses, que atacaram impiedosamente a categoria dos funcionários públicos ao longo de vários anos.
Paralisados durante todo o último período – muito em função da politica de inércia das direções do movimento de luta dos servidores – os diversos setores que compõem a categoria começam a se movimentar para romper com o estado de letargia. Os salários estão congelados e perderam o poder de compra, muitos benefícios foram cortados, a previdência pública praticamente foi liquidada, o valor das aposentadorias mal consegue garantir a sobrevivência; enfim, um verdadeiro estado de terror vem sendo imposto aos servidores federais desde o golpe de Estado de 2016.
No entanto, no rastro das mobilizações que tiveram início com a greve dos petroleiros e outras lutas que estão em desenvolvimento por outras categorias (professores, correios, etc.), os servidores federais, reunidos em plenária nacional, no último dia 13 de fevereiro, onde participaram representantes de 25 estados, deliberaram, por unanimidade, que o dia 18 de março será de greve geral do setor público. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) que representa 1, 5 milhão de servidores municipais em nível nacional, reunindo 849 sindicatos, 18 federações, em 18 estados, também soma-se à luta pela greve geral dos trabalhadores do serviço público.
Para ser consequente e vitoriosa, a luta nacional dos servidores públicos das três esferas (federal, estadual e municipal) deve não só colocar na ordem do dia as reivindicações mais sentidas da categoria (reajuste salarial, não ao fim das aposentadorias, não ao corte de salários, etc.), mas principalmente, como bandeira estratégica e fundamental, a luta pelo “Fora Bolsonaro”; Fora todos os golpistas; pela liberdade plena do ex-presidente Lula, com a anulação de todos os processos persecutórios contra a liderança petista.