Extraoficialmente, o Carnaval brasileiro começou já nos primeiros dias do ano de 2020. Vários foram os blocos e cordões que já se apresentaram neste ano para milhares de foliões. E, como se viu no Carnaval de 2019, a tônica deste ano, nas festividades, será a denúncia das atrocidades do governo golpista contra o povo, especialmente a denúncia de Jair Bolsonaro.
Não é à toa que a direita está reprimindo uma série de festividades, como se pode ver no caso das mais de 400 presas no pré-carnaval de São Paulo, em detenções realizadas neste final de semana que passou.
Por outro lado, como no caso da Bahia, a repressão está utilizando reconhecimento facial para prender pessoas, além da biometria, para poder prender ainda mais gente durante o Carnaval 2020. As secretarias de segurança estão utilizando toda sorte de recursos fascistas para aumentar a repressão contra o Carnaval de rua, no Brasil, e essa repressão tem um alvo objetivo: o povo negro, pobre e trabalhador.
Isso se deve um fator muito significativo para a burguesia: o Carnaval, como jogos de futebol e outras atividades populares, reúne o povo nas ruas, o que pode resultar em manifestações gigantescas contra o regime dos golpistas. É disso que a burguesia antipovo tem medo: de que o Carnaval sirva para canalizar todo o descontentamento popular contra o governo da direita, e é justamente o que vai acontecer.
Recentemente, um integrante do PCO foi flagrado “invadindo” a transmissão, ao vivo, da Rede Globo sobre o Carnaval. Em rede nacional, foi ouvido o fora Bolsonaro. Esse “incidente”, que poderia passar batido, como em outras oportunidades, ganhou quase toda a imprensa nacional, que destacou que o Carnaval começou sob a palavra de ordem de fora Bolsonaro.
Esse desejo da população se expressa das mais variadas maneiras, e durante o Carnaval a situação deve ficar ainda mais crítica.
É preciso ressaltar, também, que o Partido da Causa Operária, em conjunto com os comitês de luta contra o golpe lançaram, no domingo último (16) a campanha oficial de 2020 pelo fora Bolsonaro, em uma atividade realizada em diversos estados do Brasil e em, pelo menos, sete cidades do exterior. A adesão à campanha é enorme.
É por essa razão que os golpistas odeiam o Carnaval. Eles não gostam do povo, em geral, e gostam menos ainda quando ele está nas ruas. O lançamento da campanha pelo fora Bolsonaro atinge, em cheio, as necessidades da população, que quer derrotar o governo dos golpistas, dos entreguistas do patrimônio nacional.
O Carnaval, é preciso destacar, é festa popular que não pode ser alvo de nenhuma censura política ou repressão à manifestação de pensamento, como o quer a esquerda pequeno-burguesa. As ruas são do povo e de suas reivindicações, como o fora Bolsonaro, que já é o marco do Carnaval 2020.