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Duas semanas de greve

Lições fundamentais da greve dos petroleiros

Greve alcançou cerca de 12o unidades do sistema Petrobras e mais de 21 mil trabalhadores

Ao completar duas semanas, a combativa greve dos petroleiro é uma clara expressão da enorme revolta dos trabalhadores e da imensa maioria da população contra os ataques do governo ilegítimo Bolsonaro, eleito em um processo fraudulento no sul o candidato em que o povo queria votar foi condenado, preso e impedido de participar das eleições de forma ilegal e inconstitucional.

Traz à tona também as tendências de luta contra o regime golpista e seus ataques, que estão contidas pela política das direções da esquerda e da burocracia sindical que se recusa a mobilizar os trabalhadores e se dedica a semear ilusões de que a ofensiva da direita será contida nas eleições controladas pelos golpistas.

Iniciada na luta contra o fechamento da fábrica de fertilizantes da Petrobras (Fafen-PR), com o que a direção golpista da estatal visa colocar no olho da rua mais de mil operários, favorecer os capitalistas do setor e provocar demissões de mais de três mil trabalhadores na região de Araucária (PR), e se apoiando na defesa da exigência do cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados, levantaram uma mobilização que já conquistou a adesão de mais de 120 unidades paralisadas e mais de 21 mil trabalhadores em greve, cerca de u terço dos trabalhadores diretos da Petrobrás. A greve demonstrou a possibilidade de unir trabalhadores diretamente ameaçados de demissão com outros na luta contra o desemprego e contra a entrega da empresa estatal para os tubarões capitalistas, um exemplo que pode e deve ser seguido por toda a classe operária.

Deixa evidente, como muitas outras mobilizações, que sem uma radicalização, como a ocupação das fábricas ameaçadas de fechamento e de outras unidades de produção, não é possível dobrar os patrões e o governo golpistas.

Outra lição fundamenta é a politica de enfrentamento com o governo. Mesmo com inúmeras ameaças contra os grevistas e suas lideranças por parte da direção golpista da Petrobras e das decisões arbitrárias do judiciário reacionário, através de decisões monocráticas do TST e do STF, contra a greve, como a absurda determinando que 90% dos trabalhadores comparecessem ao trabalho e a fixação de multas de até R$ 500 mil por dia contra a FUP e os sindicatos.

A mobilização comprova  que não há nenhum direito de greve no País (como de resto, direito algum) a não ser aquele que e imposto pela força da mobilização operária e de que os direitos democráticos estabelecidos da Constituição não tem qualquer vigência no regime golpista para a imensa maioria da população trabalhadora.

O governo Bolsonaro e a direção da Petrobras vem sendo parcialmente derrotados também na tentativa de substituir grevistas por terceirizados e por aposentados, com demonstração de solidariedade dos trabalhadores da “velha guarda” que participaram de importantes greves da categoria no passado e por meio da ação dos trabalhadores mobilizados nos piquetes e atos nos locais de trabalho. A mobilização também ganhou a solidariedade ativa de organizações sindicais e populares em atos que são cada vez maiores e se espalham pelo País.

A greve na Petrobrás, enfrenta ainda a politica de liquidação da estatal por meio da terceirização que faz com que mais de 70% do pessoal do Sistema Petrobrás seja constituído de trabalhadores terceirizados. Uma situação que aumenta a exploração da categoria dos petroleiros de conjunto, rebaixando salários, retirando direitos conquistados nas lutas da categoria da maioria dos mais de 250 mil petroleiros. . A terceirização também divide a categoria em suas lutas, uma vez que os sindicatos não acabam não representando a maioria dos trabalhadores do setor, que não são funcionários da Petrobrás. No setor e em todas as categoria, é preciso superar a residência dos sindicalistas que se opõem a realizar campanhas de sindicalização dos terceirizados e realizar campanhas contra a terceirização.

É preciso quebrar essa divisão e incorporar os terceirizados à luta e às organizações operárias. É preciso apresentar já nesse greve e em todas as campanhas da categoria uma Pauta de reivindicações pelo atendimento das reivindicações também dos terceirizados, começando pela defesa do fim das terceirizações com a incorporação de todos os funcionários terceirizados à Petrobras, com iguais salários e direitos pagos os funcionários efetivos (“salário igual para trabalho igual).

É preciso levantar um programa de luta contra a privatização da Petrobrás, defendendo a nacionalização do petróleo e de toda as riquezas minerais do País, pela reestatização da Petrobras, por uma Petrobras 100% estatal e sob o controle dos trabalhadores.

A política de buscar o apoio popular, que os petroleiros vem implementando, dentre outras medidas, com a venda de combustíveis mais baratos, deve ser ampliada com a pauta de redução imediata dos preços para a população, cancelamento de todos os leilões do petróleo brasileiro e defesa da fixação de cotas do lucro da exploração petrolífera para serviços essenciais para a população como Saúde, Educação, Moradia etc. e o chamado a uma luta geral contra as privatizações.

Contra a política de capitulação da esquerda burguesa e pequeno burguesa, de “frente ampla” com os golpistas é preciso lutar pela unidade dos trabalhadores. No caso da Petrobras, pela unificação dos efetivos e terceirizados. No dos demais trabalhadores das estatais e de todo o povo explorado deve ser alcançada por meio da unidade na luta contra governo entreguista: Fora Bolsonaro e todos os golpistas.

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