Um bar de refugiados palestinos, localizado em São Paulo, foi atacado por um grupo de carecas, que estavam vestidos de preto e carregavam, em suas roupas, símbolos alusivos ao estado de São Paulo. É a extrema direita, que age instigada pelos golpistas que tomaram de assalto o Poder Executivo.
Desde antes do golpe de Estado, com a deposição de Dilma Rousseff, foram registrados uma série de ataques às organizações da esquerda, como sindicatos, associações, etc., bem como ataques aos militantes da esquerda, como a caravana de Lula, atacada a tiros no sul do Brasil.
Esse ataque, ao bar dos palestinos, ocorrido neste dia 1º, mostra mais uma ação da extrema direita, arma essencial dos golpistas em caso de instabilidade do regime, que busca avançar em torno de seus objetivos enquanto a luta contra o golpe esteja relativamente paralisada.
Os golpistas oficiais, aqueles que estão no poder, instigam e financiam grupos como este que atacou o bar dos palestinos. São grupos que começam a se organizar para reprimir os setores mais vulneráveis do regime, como mulheres, negros, pobres, trabalhadores, LGBTs, refugiados e imigrantes. É preciso reagir à altura.
A esquerda pequeno burguesa não consegue se livrar do vício institucional, dos meios regimentais de “luta”. Apresentar uma moção de repúdio, pedir ao Ministério Público para que investigue as ações dos direitistas, pedir para a Polícia Militar fazer alguma coisa, ou, como é a febre agora, aguardar as eleições para derrotar os golpistas.
Até lá, como é possível ver, a extrema direita terá se reorganizado por completo. É preciso impedir esse avanço com a organização, imediata, da luta contra o golpe de Estado, de grupos de autodefesa contra os ataques da direita. Investir na luta, nas ruas, contra o golpe de Estado, pelo Fora Bolsonaro, presidente golpista e um dos principais instigadores de ações como esta vista no bar dos palestinos, em São Paulo.