Nesta semana, a justiça paulista ampliou a perseguição contra militantes e lideranças da luta por moradia no Estado. A juíza golpista Érika Soares de Azevedo Mascarenhas da Vara Criminal de São Paulo acatou a denúncia falsa do Ministério Público comandada por procuradores que estão na perseguição de lideranças de movimentos populares.
Foram decretadas as prisões de Ananias Pereira dos Santos, Andreya Tamara dos Santos de Oliveira, Hamilton Coelho Rezende, Josiane Cristina Barranco, Carmen da Silva Ferreira, Maria Aparecida Dias, Liliane Ferreira dos Santos, Adriana Aparecida França Ferreira e Manoel Del Rio Blas Filho. Além da continuidade da prisão preventiva de Janice Ferreira Silva, a Preta; Sidney Ferreira Silva; Angelica dos Santos Lima e Ednalva Silva Franco, líderes do Movimento de Luta Social por Moradia, Movimento de Moradia para Todos, Frente de Luta por Moradia, Movimento Moradia Centro e Região e Terra de Nossa Gente.
O que evidencia ainda mais a prisão política dessas lideranças é que as investigações realizadas pelo MP e pela polícia não apresentaram nenhuma prova das acusações realizadas. “Apresentam” apenas a informação de 20 integrantes que denunciaram as ações criminosas dos movimentos de luta por moradia. As acusações vão desde ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), extorsão, poder paralelo e grave ameaça de violência.
Uma farsa total e completa da justiça golpista e que está ocorrendo nos mesmos moldes da perseguição contra os ex-presidente Lula, onde as mensagens divulgadas pelo The Intercept, na chamada Operação Vaza-Jato, revelaram toda a operação montada pelo judiciário golpista para prender Lula, inventar provas e testemunhas. Está sendo exatamente da mesma maneira.
Nesse sentido de “encontrar” delatores o Ministério Público, o judiciário golpista e as forças policiais estão mais do que treinados para realizar esse tipo de operação-farsa para perseguir e intimidar integrantes de movimentos sociais.
Não dá para esconder minimamente a perseguição política contra esses militantes de movimentos de luta por moradia e que está sendo ampliado para diversos movimentos de luta por direitos, como por exemplo na luta pela terra, onde a polícia federal está indo dentro dos assentamentos e acampamentos para investigar o funcionamento dessas organizações e perseguir ainda mais.
Também fica claro que essa situação só é possível com um governo ilegítimo da direita, como o do fascista Jair Bolsonaro, que está criando as condições para o aumento da perseguição e para as arbitrariedades do judiciário. Não há a mínima possibilidade de convivência com o governo de Bolsonaro até 2022 porque os ataques são tão graves que as consequências tendem a ser desastrosas.
É preciso exigir a libertação imediata dos companheiros presos pela operação da direita golpista contra os militantes da luta pela terra. Os movimentos de luta por moradia não devem aceitar esses ataques e realizar ainda mais ocupações até que suas lideranças sejam soltas e a única maneira de derrotar essa ofensiva no campo e na cidade é a derrubada de Bolsonaro.