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A lição que vem da Colombia

Colômbia, um cemitério de líderes sociais assassinados pela direita

O terror fascista avança. Pelo menos 983 líderes sociais, dos quais quase a metade são mulheres, foram ameaçados de morte

Uma grande lição vem da vizinha Colômbia: o fascismo mata a classe trabalhadora, principalmente seus organizadores, extingue seus organismos de defesa e impõe uma ditadura do capital.

É verdade que a Colômbia elegeu, num processo inteiramente manipulado, à Presidência da República, o ultraconservador Ivan Duque, figura ligada ao controverso ex-presidente Alvaro Uribe, e deu novo fôlego institucional aos setores refratários aos Acordos de Paz de Havana. As eleições eram os cantos de sereias que seduziram as esquerdas que se negaram a construir Comitês de defesa dos trabalhadores enquanto avançava o fascismo.

O resultado desta desmedida confiança em eleições farsescas e a desorganização dos trabalhadores resultou numa quantidade estratosférica de assassinatos de líderes sociais, comunitárias e indígenas.

Ao bem da verdade entre 1º de janeiro de 2016 e 14 de maio de 2016 tinham sido assassinadas 385 lideranças.

Nota-se que em plena vigência do chamado “processo de paz, em 2013”: foram 78 homicídios naquele ano; em 2014 foram 55 homicídios; em 2015, 63; em 2016, 80; e em 2017, ou seja, já assinado o acordo de paz, 106. Trata-se de uma escalada de assassinatos das lideranças dos trabalhadores.

Ocorre em Colômbia que líderes sociais, comunitárias e indígenas, viraram alvos das violentas oligarquias nacionais, responsáveis pela forte atuação paramilitar com apoio no governo Duque.

Sob esta violência e morticínio está a pleno vapor o projeto privatizador. Uribe privatizou o setor financeiro estatal. Desde o governo de César Gavíria, que também apoia Ivan Duque, se privatizou praticamente todo esse setor por acordos realizados com o Fundo Monetário Internacional. Restou apenas o Banco Agrário, que está vinculado ao fomento e crédito para trabalhar no agro. Praticamente três grupos, dois nacionais e um estrangeiro, dominam as finanças no país.

O terror fascista avança. Pelo menos 983 líderes sociais, dos quais quase a metade são mulheres, foram ameaçados de morte na Colômbia. Esta é uma denúncia de Carlos Negret, chefe da Defensoria del Pueblo, agência responsável pela defesa dos direitos humanos no país.

São alarmantes os números de assassinatos. Negret, durante um encontro sobre a proteção da vida das mulheres realizado em Cali, apontou que apenas entre março de 2018 e maio de 2019 foram ameaçadas 447 mulheres defensoras dos direitos humanos, treze foram agredidas e vinte foram mortas.

As lições da Colômbia servem também ao Brasil em que a esquerda, alucinada por eleições, mesmo sob o controle do fascismo, deixam de organizar os trabalhadores inebriadas pelas ilusões eleitorais. A experiência demonstrou que, mesmo com a vitória eleitoral de Dilma e Evo, não foram suficientes para assegurar o poder. A organização de comitês de defesa da classe trabalhadora e a luta por um governo de trabalhadores do campo e das cidades é uma tarefa urgente em toda a América Latina.

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