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Coletes amarelos: a crise política na França não acabou

No último sábado (06), os coletes amarelos saíram em protesto pelas ruas de Paris pela 34ª jornada consecutiva – desde 17 de novembro do ano passado.

Ao contrário do que a imprensa burguesa costuma apresentar – e que uma parcela da esquerda acreditou, mesmo na própria França -, nos atos ficam cada vez mais visíveis pautas tradicionais da esquerda, do movimento operário e de reivindicações democráticas.

Mais uma vez, no ato os coletes amarelos repudiaram os ataques da política neoliberal de Emmanuel Macron como a privatização de aeroportos e exigiram investimentos em programas sociais, políticas públicas na área da educação, reconstrução do sistema de saúde universal, dentro outros.

Pode até ser que as últimas manifestações dos coletes amarelos não tenham aglomerado uma quantidade de gente igual aos protestos de alguns meses atrás, mas o fato de estarem em mobilização permanente diretamente contra Macron e os bancos demonstra que não capitularam diante das grandes pressões do governo por seu encerramento – como, por exemplo, a intensa repressão policial, que já deteve milhares de manifestantes.

Os coletes amarelos não caíram na propaganda governamental de negociação. Sabem que não passa de um engodo para frear e dispersar o movimento, que tem sido a representação máxima da crise política e econômica na França.

O movimento dos coletes amarelos desnudou o caráter absolutamente antipopular de Macron e sua artificialidade como liderança política. Foi imposto pelos banqueiros aos franceses, uma vez que os partidos tradicionais estavam em completo desmoronamento. Vide o Partido Socialista, que perdeu praticamente todo o seu apoio popular devido às sistemáticas políticas de ataque à sua base social histórica, abrindo assim o caminho para a extrema-direita.

É sempre preciso lembrar da reforma trabalhista de François Hollande e sua invasão ao Mali, do apoio dado pelo PS a Macron para “derrotar o fascismo” representado por Marine Le Pen nas eleições presidenciais e, por fim, da sua recusa (bem como da própria CGT, dirigida pelo PS) em se juntar aos coletes amarelos, tachando-os de apoiadores da extrema-direita. Isso levou ao vexame nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, nas quais o partido ficou atrás até mesmo de seu primo pobre, a França Insubmissa.

Os coletes amarelos são o aspecto mais progressista hoje do cenário político francês. A esquerda deve apoiá-los e impulsioná-los em sua luta contra Macron, para derrubar o presidente dos banqueiros e organizar a revolta popular.

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