Nesse dia 14 de junho a Região Sul do Brasil amanheceu com boa parte dos serviços parada. Embora a imprensa evite divulgar informações, no Rio Grande do Sul, por exemplo, a estimativa das centrais sindicais é de adesão à greve em 150 municípios. Muitos servidores públicos na região já estavam parados há mais tempo.
A dimensão do protesto obrigou a imprensa a tratar o ato como uma greve geral, não apenas uma “paralisação”. O que a mídia evita comentar, no entanto, é que o movimento de hoje se insere dentro de uma sequência de grandes atos, que estão marcaram oposição cada vez mais forte ao governo Bolsonaro. A radicalização crescente dos trabalhadores e estudantes sinalizar uma tendência de resistência aos ataques golpistas.
Estão parados os principais setores das três capitais da Região Sul, a exemplo dos bancários, coleta de lixo, serviço de saúde, escolas e institutos técnicos, e servidores públicos municipais e estaduais. As universidades federais e estaduais também estão paradas. Os ônibus em Curitiba e Florianópolis não saíram da garagem. Em Porto Alegre, os trens e metrôs pararam, e os trilhos foram incendiados para impedir a saída de fura-greves. Mas a polícia reprimiu com bombas e balas de borracha os manifestantes que tentaram fechar o terminal rodoviário.
No interior também foram feitos piquetes em frente a garagens de ônibus. Foram feitas barricadas com pneus em chamas em diversos acessos que ligam os bairros às regiões metropolitanas das três capitais, e também em estradas do interior. Pelo menos uma dezena, só só no Rio Grande do Sul, embora a imprensa tenha evite apresentar as informações dos outros estados.