A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) juntamente com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) protocolaram no último dia 30, sexta-feira, um ofício no Ministério da Agricultura manifestando “preocupação com o futuro de toda a agricultura brasileira”. O motivo seria que a liberação de certos agrotóxicos, por medida do governo Bolsonaro, seriam prejudiciais para o desenvolvimento das lavouras.
O caso é relativo ao herbicida Dicamba, produzido pelas multinacionais Bayer-Monsanto que, segundo os produtores, só seria efetivo em um tipo de semente que as próprias empresas distribuem. Em outras sementes, assim como em outras culturas como algodão, café, legumes e frutas, o herbicida tem um efeito danoso e pode até mesmo destruir as plantações. Além disso, o composto produzidos pela empresa é volátil à temperatura de 29ºC, temperatura muito comum no território brasileiro.
A questão que se levanta diante do ofício é que fica cada vez mais claro o franco declínio do apoio de Bolsonaro. Mesmo entre os setores ruralistas, que antes eram seus árduos defensores, os conflitos de interesses ficam escancarados. A burguesia nacional começa a se desagregar à medida que seus interesses são colocados em segundo plano em relação à burguesia internacional. Bolsonaro usou as queimadas na Amazônia para dar um ar nacionalista a seu governo, mas toda vez que prioriza as multinacionais imperialistas, seu discurso raso vai por água abaixo.
Agora cabe ao povo compreender que os discursos do ilegítimo presidente, repletos de demagogia, servem apenas para mascarar interesses internacionais de destruir a economia nacional para manter o Brasil atrasado em todos os sentidos e sem possibilidade de crescimento. Para barrar essa política, é necessário que o povo vá às ruas exigindo a derrubada de Bolsonaro, libertação imediata de Lula e eleições diretas já para presidência.