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A lógica capitalista

Clubes usam coronavírus de pretexto para demissões e corte de salários

Os clubes de futebol querem impor a receita neoliberal, fazendo com que os jogadores e funcionários paguem pela crise

Os Clubes de Futebol nacionais e internacionais estão preparando-se para botar a mão nos bolsos dos jogadores e funcionários como medida emergencial diante da crise causada pela pandemia mundial do Coronavírus. Grandes clubes europeus, como o espanhol Barcelona e o Francês PSG estudam utilizar a legislação de emergência em seus países para reduzir os salários, ainda não divulgada a proporção da redução, dos jogadores durante a crise que paralisou os campeonatos sem previsão de retorno. Na Itália, epicentro da crise do Covid-19 na Europa, o clube Juventus, maior folha salarial do país, negocia alternativas com os jogadores que envolvem ou redução salarial ou o não pagamento de 1 até 2 salário no primeiro semestre.

Também no Brasil, onde os campeonatos estaduais estão paralisados, se ouvem rumores de redução salarial nos clubes grandes da série A, porém a situação dramática encontra-se nos clubes pequenos onde os contratos de curta duração, de um semestre por exemplo, estão sendo rescindidos antecipadamente ou não renovados os que se encerram nesse período. Os jogadores e funcionários estão sendo dispensados sem recursos em meio a crise de saúde pública e a crise econômica.

Para exemplificar, é o caso do do clube paranaense Rio Branco, que terminou em 7º no campeonato Estadual e que disputa a série D do Brasileirão. O clube simplesmente dispensou todos os jogadores, a comissão técnica e funcionários. Foram dispensados em meio a crise e sem existir outra possibilidade de atuação profissional no momento, o que é evidentemente absurdo. Mas o caso do Rio Branco não é único, está acontecendo com muitos times em todo o país.

O imperialismo e as burguesias nacionais, ante a crise do Covid-19 e o aprofundamento da crise econômica global, levam adiante uma política criminosa para fazer cair, quase exclusivamente, sobre os ombros das massas trabalhadoras todo o peso da crise. A crise é “combatida” com a receita neoliberal, menor gasto estatal possível com a população em geral (política do confinamento como medida isolada para conter o vírus) e diante da queda expressiva da atividade econômica, que leva a queda da acumulação de capital, resolve-se retirando mais do trabalhador, seja por redução salarial, seja com a redução dos gastos correntes das empresas, ou seja, demissões em massa. A crise torna a luta de classes cada vez mais aguda.

No mundo do Futebol, mas também no esporte em geral, que não está apartado das relações de produção capitalistas, pelo contrários, o embate se manifesta. Reproduz-se aí a mesma dinâmica, ainda que com suas nuances particulares. Nos momentos normais da programação esportiva, lucra-se com os jogadores e funcionários necessários para o clube, nos momentos de crise transfere-se para os mesmos o peso e o ônus, é a lógica capitalista que transforma os clubes em empresas capitalistas tal como qualquer outra deixando completamente de lado o caráter e a importância social e cultural desta que é a paixão de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. 

É preciso defender os jogadores e os funcionários nesse momento de crise, proibir a quebra de contrato e estabelecer o congelamento dos contratos que estão para terminar, e o restabelecimento da atividade normal. Nada de redução salarial.

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