Em recente reunião da Federacão Paulista de Futebol, junto com os 16 clubes que compõem a serie A1 2020, optou-se pelo irresponsável retorno dos treinamentos a partir do dia 15 de junho, algo que contraria a logica a julgar pelo crescimento descontrolado do numero de infeccões e óbitos por COVID-19. Essa decisão vem sendo discutida entre os clubes e as prefeituras onde estes são sediados. A técnica de retornar na base do improviso fica evidente ao observarmos a postura da prefeitura de São Paulo e a Comissão Medica da FPF, que so agora, 11 de junho, sentaram-se para discutir os protocolos do retorno dos treinos.
Como não era de se espantar, diante de tanta irresponsabilidade, a diretoria do, agora clube-empresa, decidiu aprofundar a irresponsabilidade, de modo que antes mesmo dessa reunião já havia retornado aos treinos a despeito do que fora acordado e da proria ausência de um protocolo que, ainda que superficialmente desse alguma segurança. Essa postura encontra compatibilidade com o que esse diário já vinha denunciando antes mesmo da pandemia acerca da mentalidade de clube-empresa, onde os direitos e cuidados com os atletas e demais funcionários dos clubes estarão mais esmagados ainda, alias algo compatível com os governos golpistas de Doria, Covas e Bolsonaro que cada um a seu modo colocam trabalhadores sob risco evidente de infecção.
O retorno dos treinos, mesmo com a epidemia fora de controle, abre caminho para o retorno das partidas sem torcida, algo muito palatável para quem busca elitizar o futebol e colocar o trabalhador mais distante do esporte. Torna-se necessário combater essas transformações que buscam minar a permanência da massa trabalhadora nos estádios.