Nesta quinta (25), em frente a agência Franco da Rocha, em São Paulo, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região organizou uma manifestação contra a política terrorista do gerente, capanga dos banqueiros, que utiliza métodos de tortura psicológicas (assédio moral) para aumentar a exploração dos trabalhadores.
Os funcionários da agência reclamam da sobrecarga de trabalho. Segundo eles só existe uma unidade do banco na cidade, o que é insuficiente para atender a demanda de clientes, que se aglomeram dentro e fora da dependência bancária esperando atendimento.
Além do total descaso com os funcionários e clientes, que sofrem o risco de contaminação pela Covid-19, devido à aglomeração, segundo a diretora do sindicato, Letícia Mariano, o assédio moral é uma constante no ambiente de trabalho. Para ela, em denúncia feita a Contraf/CUT, o assédio moral, inclusive, é mais perceptível contra as mulheres: “O gestor coloca uns contra os outros, e, infelizmente, fala mais grosso com as mulheres. Elas têm sido as maiores vítimas dessa abordagem agressiva”, afirma.
As denúncias dos métodos terroristas contra os trabalhadores do Banco Itaú/Unibanco é uma constante nas milhares de agências espalhadas pelo País. É o método tradicional dos patrões com o objetivo de tentar obrigar que seus empregados cumpram metas estabelecidas pelo banco, de venda de produtos e, como falta pessoal nos locais de trabalho, para que os poucos funcionários deem conta de uma demanda de clientes que aumenta a cada dia mais.
Além disso Letícia alerta que o “Gera”, sistema de acompanhamento das metas dos funcionários, “as metas de vendas se tornaram ainda mais abusivas e esse gestor, para atingir as metas, abusa na cobrança, humilhando os bancários. A meta vira a desculpa de um comportamento inaceitável”.
Os bancários do Itaú vêm sofrendo todos os tipos de arbitrariedades, pressões, arrogância, aumento da carga de trabalho, assédio por parte dos chefes de plantão dos banqueiros, com o objetivo da obtenção do lucro, para meia dúzia de parasitas, a qualquer custo.
Esse caso em Franco do Rocha não deixa dúvida que os banqueiros estão se aproveitando do momento da pandemia para aprofundar uma série de medidas que visam aumentar a superexploração dos trabalhadores. Estão se aproveitando também, numa certa medida, da paralisia das direções sindicais, que continuam, na sua grande maioria, com as portas fechadas, realizando atividades, quase que exclusivamente virtuais.
A única forma eficaz de luta neste momento para impedir os ataques é a intensificar a mobilização, organizar uma greve geral de toda a categoria bancária. Só é possível reverter a situação atual de ataques aos trabalhadores caso haja uma radicalização da luta através de greves e ocupações das empresas, como medida de força para impedir as demissões, o rebaixamento salarial, as terceirizações, o assédio moral, etc.