Com uma carreira política que atravessa partidos tradicionais da direita brasileira, como PMDB, PSDB, e, agora, PDT, Ciro Gomes participou do programa Roda Viva, no último dia 28, e, aproveitou para desferir inúmeros ataques contra o PT e seus 13 anos de governo na Presidência da República.
Repetindo os velhos conhecidos jargões da direita na imprensa, alegou que o partido (PT) mentiu durante campanha eleitoral; que não devia ter se aliado a políticos corruptos, como indicando Michel Temer à Vice-Presidência; disse que Dilma não devia ter prestado solidariedade a Eduardo Cunha num episódio de briga entre políticos; chegou a afirmar que todas as mazelas do Brasil começaram com a colocação do representante dos banqueiros, Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda, etc.
Em seguida, reiterou a ideia de unidade da esquerda, o que, a seu ver, estaria sendo boicotado pelo próprio PT, com a insistência de lançar Lula candidato. O argumento é de que o partido estaria sendo “hegemonista”.
Numa breve alusão à prisão do ex-presidente, defendeu que o país não deveria ter quatro graus de jurisdição e o processo penal não deveria demorar tanto, o que pode nos fazer concluir que, não houvesse tais entraves na Justiça, ao final das contas, Lula deveria estar mesmo preso.
O pré-candidato aproveitou a ocasião também para rasgar elogios à concorrente direitista Marina Silva, da Rede, que, a seu ver, seria uma pessoa verdadeiramente “do bem”, com valores garantidos, como a decência, o espírito público, a quem só faltaria a vivência política. Na opinião do pedetista, a candidata dos bancos se encontra numa posição justa nas pesquisas eleitorais.
Interessante notar que ele não tece quaisquer comentários ou faz comparações com dados do governo neoliberal desastroso do PSDB na Presidência da República, com vistas a revelar as semelhanças com a atual política do golpe.
