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Demagogia

Ciro Gomes quer Bolsonaro dentro do Planalto, mas comportado

Em entrevista recente, Ciro Gomes garantiu que o fascista Jair Bolsonaro iria recuar.

Embora tenha saído bastante desmoralizado das eleições presidenciais de 2018, Ciro Gomes (PDT) ainda não foi completamente jogado no ostracismo graças aos setores direitistas da esquerda nacional — sobretudo os governadores e parlamentares, que procuram, a todo custo, fincar suas carreiras no regime político. Diante disso, não raramente, surge na esquerda um elogio, uma propaganda indireta ou, de maneira explícita, a proposta de aliança com o pedetista.

No entanto, na última semana, Ciro Gomes deu mais uma demonstração de que não está minimamente disposto a travar uma luta real contra o governo Bolsonaro. Quando questionado, em entrevista, sobre o que Bolsonaro faria após a repercussão negativa de sua convocação para um ato contra as instituições burguesas, Ciro Gomes simplesmente falou que o presidente ilegítimo não cumpriria suas ameaças:

Veja, ele vai, como bom covarde que sempre foi, recuar. Eu estou falando aqui ao vivo e tenho segurança absoluta, conheço a frouxidão moral do senhor Jair Messias Bolsonaro: ele vai recuar. Vai tentar dizer que não disse, vai tentar dizer que apenas que replicou etc., porque ele é um frouxo, é um covarde, mas que está testando qual é o limite de resiliência, qual é o limite de confrontação, qual é o limite de resistência moral, cívica, que a sociedade brasileira e as suas instituições (…).

Fica claro, portanto, que, para Ciro Gomes, o problema da luta contra o governo Bolsonaro está centrado em “colocá-lo na linha” — isto é, em garantir apenas que ele atue dentro das condições estabelecidas pelo regime político. Uma vez que, segundo o prognóstico do pedetista, a ameaça do presidente ilegítimo não passaria de uma bravata, as declarações de Bolsonaro não deveriam causar nenhuma reação efetiva pelo conjunto da população.

A política de “colocar Bolsonaro na linha”, contudo, não é a política dos trabalhadores, mas sim a política do “centrão”. Como bem disse o próprio presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, Bolsonaro não é o político ideal para a burguesia, mas é a única solução que os capitalistas encontraram para estabelecer um regime que conseguisse dar continuidade aos ataques da política neoliberal iniciados com o governo Collor e aplicados duramente no governo FHC. Nesse sentido, “controlar Bolsonaro” seria o mesmo que impedir que seu excesso de demagogia com sua base de extrema-direita polarize ainda mais o país, de modo que as condições para a aplicação da política neoliberal sejam as ideias.

A política da esquerda, por outro lado, é a política de enfrentamento à ofensiva da burguesia: é necessário organizar um movimento que tenha como fim a derrubada imediata do governo Bolsonaro. Diante das ameaças que o presidente ilegítimo dispara contra a população, é preciso intensificar a propaganda contra o governo para organizar, nas ruas, uma reação que seja capaz não de fazê-lo recuar, mas sim de efetivamente destituí-lo do poder. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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