Ciro Gomes, o candidato dos golpistas

Há todo um debate dentro e fora do PT para aprovar um “Plano B” em relação às eleições deste ano. Esse Plano B seria a aliança com o Ciro Gomes. Enquanto alguns parlamentares e governadores que podem ser chamados do bloco “vira folha”, favoráveis a “virar a folha do golpe”, ou seja, esquecer  tudo que os golpistas fizeram contra o país, esquecer que há uma perseguição política no Brasil e ainda mais, esquecer que Lula está preso, querem essa aliança. Enquanto isso, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente da CUT, Wagner Freitas e a maioria esmagadora da base do PT querem levar até o fim a candidatura de Lula.

Resumidamente, de um lado estão os que querem lutar contra o golpe e de outro os que querem enterrar e encerrar de uma vez por todas a luta contra o golpe.

Ciro em reunião com o seu patrão, Steinbruch, quando era presidente da Transnordestina

Esta política é esquecer que o País está sob um golpe de estado e entrar em acordo com os golpistas para supostamente apaziguar a situação. Precisa ficar claro que enterrar o golpe é ao mesmo tempo esquecer Lula. Eles querem entrar em entendimento com o golpe.

A candidatura de Ciro Gomes é a expressão mais acabada dessa política de acordo com o golpe. Ciro Gomes, nunca foi de esquerda, não participa e não participou das lutas populares da esquerda. Ele é o candidato da FIESP. É apadrinhado do PSDB, de Tássio Jereissati, foi funcionário de confiança de Benjamin Steinbruch, dono da CSN, o vice-presidente da FIESP, um dos mentores do golpe, o pato em pessoa. Steinbruch pode ser o vice de Ciro Gomes.

 

Ele é o autor da seguinte frase:

“Não precisa uma hora do almoço […] Você vai nos Estados Unidos, você vê o cara almoçando, comendo o sanduíche com a mão esquerda, e operando a máquina com a direita. Tem 15 minutos para o almoço, entendeu? […] Por que a lei obriga que tenha que ter esse tempo?”.

Ele disse essa frase quando estava em discussão a “reforma” trabalhista que acabou com a CLT.

Esta aliança é uma manobra para trouxas, para empurrar o candidato do golpe, dos golpistas, da FIESP, Ciro Gomes, como sendo o candidato da esquerda. Os assessores de Ciro já declararam que vão privatizar praticamente tudo que sobrou. Já declarou que não vai regular a imprensa golpista, ou seja, vai deixar que a Rede Globo, uma das principais responsáveis pelo golpe, fique livre para continuar atuando em favor dos golpistas.

Propaganda da golpista FIESP pedindo a saída de Dilma Rousseff

Há ainda o grande amigo e parceiro de Ciro Gomes que é o mais cotado para ser seu vice, Benjamin Steinbruch, ele é o representante de uma das principais organizações que financiaram o golpe de estado de 2016, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. A FIESP foi a espinha dorsal do golpe. Foi a FIESP que colocou os “coxinhas” na Avenida Paulista para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. Foi a FIESP que fez propaganda com a bandeira do Brasil na sua fachada luminosa. Foi a FIESP que apoiou integralmente o fim da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) com a “reforma” trabalhista. A FIESP é liderança da burguesia do Sudeste e da burguesia industrial nacional. Este representante da FIESP será o vice do “candidato da esquerda”, Ciro Gomes. Uma farsa completa.

No momento a luta contra o golpe está estagnada. Para a luta se desenvolver é preciso remover os obstáculos, e obstáculos apareceram em outros momentos desta luta e estes obstáculos foram superados. E o obstáculo do momento é o Ciro Gomes.

O objetivo da burguesia golpista no momento é substituir um governo falido por um governo que consiga dar continuidade ao programa do golpe. E o Ciro Gomes tem todos os pré-requisitos.

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