Ciro Gomes, tido por alguns como um candidato “progressista”, está articulando para ter como parceiro de chapa nas eleições ninguém menos que Benjamin Steinbruch, seu patrão.
Para quem não conhece, o possível vice de Ciro é dono do grupo Vicunha Têxtil, é presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), é uma das principais lideranças da FIESP, foi um dos principais articuladores do golpe em 2016 e é também amigo pessoal do PDTista. Steinbruch também ficou famoso por defender publicamente uma proposta de que os trabalhadores tenham direito a apenas 15 minutos de almoço, pois seria “o suficiente” comer com uma mão e operar a máquina com outra.
A relação entre o ex-PSDB e o representante da FIESP é longa e de confiança. Em 2015, Steinbruch contratou Ciro para presidir Transnordestina e, em outras eleições, contribuiu financeiramente com a campanha do abutre.
O empresário golpista filiou-se no mês passado ao PP, também conhecido como partido do Maluf, justamente a pedido de Ciro Gomes.
Há inclusive uma articulação para, além do PP, o DEM também entrar em aliança com a candidatura de Ciro, assim retirando Rodrigo Maia do páreo. É importante lembrar que o DEM é herdeiro político da ARENA, partido oficial da ditadura militar, do qual Ciro também fez parte no começo de sua carreira.