A mais recente demagogia da imprensa golpista é a conquista da “visita virtual” ao Museu Nacional sediado na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro. O Museu foi completamente destruído por um incêndio em setembro e teve o seu acervo (o 5º maior do mundo) quase completamente destruído. O incêndio, longe de ser um mero acidente, foi o resultado da política de sucessivos cortes de gastos à cultura e à educação, defendida “com unhas e dentes” pelos golpistas.
A “visita virtual” ao museu trata-se de um projeto desenvolvido pela empresa Google que consiste na captura de imagens internas do Museu por fotografias permitindo uma sensação de passeio pelo museu. Essa captura de imagens ocorreu em diversos museus pelo mundo também foi realizada no Museu Nacional antes da sua destruição. A empresa disponibilizou essa visita nessa quinta-feira (13) para os internautas. Entre as obras mais famosas do acervo do museu estão o fóssil de Luzia, que com 11 mil anos é a mulher mais antiga das Américas, até o sarcófago de Sha-amun-en-su, que abriga a ‘Cantora de Amón’, mumificada há 2,7 mil anos, e nunca foi aberto.
A mera divulgação do serviço por si só não seria algo estranho para um órgão de imprensa. Acontece que a imprensa burguesa brasileira comemora como se fossem os fãs “número um” da cultura nacional.
Se existisse um ranking dos órgãos de imprensa mais cínicos em todo mundo, sem dúvida alguma a imprensa golpista do Brasil estaria nos lugares mais altos do pódio. Depois de apoiarem, pressionarem todos os governos para adotarem política neoliberais. Depois de inclusive impulsionarem um golpe de Estado para atender os interesses dos grandes especuladores internacionais, que tem como principal interesse o corte de verbas da cultura e da educação e agora querem posar de heróis da cultura.
Somente a mobilização popular poderá derrotar a direita que atua como verdadeiros senhores coloniais do Brasil e colocar em marcha um projeto político e social de valorização da cultura e da educação nacional.