Da redação – O candidato à presidência, Geraldo Alckmim (PSDB), afirmou cinicamente nesta segunda-feira (24) que “não será pau mandado de banqueiro” e que “fará governo para a classe média e os mais pobres”. Essa fala ocorreu em atividade de campanha no Rio de Janeiro e indica o nível do absurdo que um candidato pode chegar a conseguir os votos de uma parcela do eleitorado sem rigidez ideológica que votaria no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na verdade, Alckmin é o candidato dos banqueiros e do imperialismo, a jogada dos golpistas para consolidar o golpe nas urnas.
O discurso do tucano é um ataque direto a Jair Bolsonaro, seguindo a linha de ação da campanha publicitária do #elenão. Enquanto a imagem de Bolsonaro é demonizada, Alckmin se pinta como o candidato do “centro” e diz que “vai tributar dividendos” e “impedir a criação da CPMF”. Essa jogada de marketing não tem nenhuma base concreta na realidade. Os financiadores de campanha de Alckmin são exatamente aqueles que o candidato, cinicamente, sabendo que é uma postura impopular, diz preterir num possível mandato.
Isso seria suicídio político e prova que, na realidade, a única crítica a sua base de campanha será feita no discurso demagógico direcionado para atacar Bolsonaro e captar os votos dos que não querem o candidato fascista, por isso o “governo para classe média e pobres”.
Esse discurso prova que as eleições são apenas mais uma forma de enganar a população, uma fraude. É preciso denunciar essas eleições como sendo um novo golpe sobre o povo brasileiro. Mais de 40% da população do Brasil quer votar em Lula e não poderá devido a uma série de arbitrariedades levadas pelo Judiciário, Polícia Federal e Ministério Público golpistas para retirá-lo do pleito. Esse fato já retira, por si só, toda a validade do processo eleitoral.
A demagogia cínica da direita, como é o discurso de Alckmin, só deixa ainda mais claro que as eleições são um brinquedo da direita para desmobilizar a esquerda de um processo de luta real. Por isso, eleição sem Lula é golpe e só a força do povo organizado nas ruas terá poder de derrubar o golpe.