Na última quarta-feira, 9 de outubro, o cinema da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) foi reinaugurado. Isso foi um grande avanço para a comunidade acadêmica que esperou o evento pelo prazo de 8 anos. É um espaço que será a primeira sala de cinema na zona oeste da cidade e irá compor o circuito alternativo do Recife com outras atrações culturais. O circuito é composto também pelo cinema São Luiz, o cinema da Fundação Joaquim Nabuco e o Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte.
No evento, estiveram presentes cerca de 180 pessoas entre estudantes e pessoas da comunidade externa. Na sessão, foram apresentados os curta metragens “Gerônimo”, de Anny Stone, e “Disforia Urbana”, de Lucas Simões, ambos ex-alunos recém formados da instituição. O fomento das apresentações de ex-alunos é importante, principalmente para incentivar a produção cultural fora do eixo das produtoras golpistas da burguesia nacional.
O reitor da UFPE ressaltou a importância do espaço na universidade para os alunos e para a comunidade externa que reside próximo à instituição. Segundo ele, “o cinema daqui volta-se para a Região Oeste da cidade. As pessoas dos bairros vizinhos estarão presentes aqui, além dos nossos estudantes”. É importante possibilitar essa integração para que as pessoas possam se organizar, trocar informações, experiências etc.
O cinema tem 178 poltronas. Além disso, conta também com lugares para cadeirantes e pessoas obesas, garantindo um projeto democrático de acesso. Adicionalmente, o espaço projeta os filmes na qualidade de exibição mundial, com projetor na resolução 4k, além de áudio Dolby Digital 5.1, não ficando atrás dos melhores cinemas do mundo. A tecnologia é tanta que pode exibir tanto filmes em 2D como em 3D.
Para a comunidade em geral, é um importante avanço na reprodução da cultura local e fomento das produções independentes, além de se apresentar como um espaço privilegiado para o debate após a exibição, reunindo diversas camadas populares com a finalidade de avanço na luta democrática por acesso à cultura.
Nesse sentido, ao final do espetáculo, a fim de manter o espaço readquirido e reivindicar a reabertura de outros espaços culturais da universidade, alguns estudantes fizeram uma manifestação democrática afirmando à reitoria essas necessidades da comunidade de manter estes espaços. Por isso é importante que os estudantes se organizem. Além disso, é preciso que se aliem aos trabalhadores dos arredores e em conjunto lutem pela manutenção de seus espaços de confraternização.