A suspensão das atividade culturais, tais como teatro, cinema, museus, bibliotecas, eventos, etc. por conta da pandemia do coronavírus vem repercutindo negativamente em relação às instituições culturais do país.
O cinema de rua Belas Artes, um dos mais tradicionais espaços culturais de São Paulo, resolveu promover um leilão virtual do seu acervo de peças doadas por artistas como forma de arrecadar fundos para poder pagar os seus funcionários.
Não é a primeira vez que o Belas Artes passa por esse tipo de situação, cerca de um ano atrás quase fechou suas portas. A Caixa foi sua patrocinadora até o governo de Bolsonaro, quando encerrou o acordo. Após, conseguiu se manter graças a um acordo com o grupo da cervejaria Petrópolis, que acabou salvando a programação da sala, mas o acordo não previu o pagamento de funcionários, apenas aluguel e manutenção.
Agora, em decorrência da crise da pandemia, o cinema se vê obrigado a se desfazer do seu acervo de peças como forma, momentaneamente, de manter o seu quadro funcional.
Não é novidade para ninguém que tanto o governo federal quanto estadual não têm nenhum interesse em manter qualquer forma de expressão popular. É uma política direitista de destruição do patrimônio cultural do povo paulistano, um verdadeiro descaso com a cultura. Não é por acaso que logo após a posse do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro uma das primeiras medidas foi de extinguir o Ministério da Cultura e dos Esportes.
Enquanto que os banqueiros e grandes capitalistas, nacionais e internacionais estão sendo beneficiados com os recursos públicos de trilhões de reais, os setores essenciais para o desenvolvimento cultural do povo são deixados a deus dará. Buscam terminar de acabar com qualquer vestígio cultural do país.
Contra mais esse ataque da direita golpista contra o cultura nacional é necessário organizar Comitês de luta contra o golpe e em defesa da cultura popular. Exigir que os recursos públicos sejam revertidos no interesse da população.