Na medida em que se aprofunda a crise histórica do capitalismo e se evidencia seu esgotamento, de há muito, como fator de progresso para a humanidade, cresce a concentração das riquezas produzidas pela parcela majoritária da sociedade que trabalha nas mãos de um número cada vez mais reduzido de grandes capitalistas.
É o que registra uma vez mais – ainda que com limitações -, “O relatório da Oxfam”, confederação filantrópica britânica, divulgado nessa semana, na véspera da reunião do Fórum Econômico Mundial de 2020, em Davos. Segundo a ONG, o setor integrado pelo 1% mais rico da população mundial, detém em suas mãos mais do que o dobro da riqueza do resto da humanidade junta.
E a concentração não pará de crescer. O relatório destaca que a situação está se intensificando e que “a desigualdade econômica está fora de controle”. Pelo Relatório 2.153 bilionários possuíam, em 2019, mais patrimônio do que 4,6 bilhões de pessoas juntas.
Quanto maior a miséria, maior a riqueza desse punhado de abutres, que parasitam o trabalho de centenas de milhões de pessoas e nutrem suas gordas contas bancárias às custas do desemprego, da miséria e da fome que se espalha por todo o planeta.
Em relação ao Brasil, o relatório ressalta que os cinco maiores bilionários detêm uma riqueza equivalente à renda dos 50% mais pobres do país. São eles: Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Hermann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin, os detentores da riqueza que impede o bem estar de mais de 100 milhões de brasileiros.
Aqui, como em todo mundo a lista dos bilionários pode ser reduzida agrupando-se os bilionários por famílias. No Brasil, dentre os 20 primeiros bilionários, destacam-se dez famílias : os Safra, os Lemann, os Telles, Saverin, Sicupira, Abdalla, Diniz, Salles, Marinho, Villela; detentores de poderosos monopólios que controlam boa parte da economia do País. Notórios apoiadores do golpe de Estado e da ascensão do governo ilegítimo e fascista de Bolsonaro e dos seus ataques contra a imensa maioria do povo brasileiro e a economia nacional.
Em todo mundo essa lista de famílias não chega a 500 famílias que parasitam o conjunto da humanidade, quase 8 bilhões de vidas e que ameaçam com a defesa à todo custo dos seus interesses, dos seus lucros a sobrevivência da própria humanidade.
Ou os explorados, sob a liderança da classe operária, se levantam e expropriam esse punhado de “sanguessugas” ou estes continuam a impor ao mundo uma etapa de retrocesso, destruição e miséria, a barbárie capitalista.