O governador de São Paulo, conhecido agora como “Científico João Doria”, decidiu promover mais um ataque à saúde estadual em meio a pandemia, cortando R$ 820 milhões da pasta da saúde.
Segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), a pedido do SindSaúde-SP, o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2021 (LOA), que estima receita e fixa despesas da administração pública, prevê uma receita total de R$ 277,2 bilhões para este ano, aumento nominal (não considera taxas de inflação) de 2,8% em relação ao orçamento fechado em 2020.
Desta forma, o PLOA atual pretende crescer 2,8% em relação às despesas previstas inicialmente na LOA de 2020, totalizando R$ 276,6 bilhões. Cerca de R$ 161 bilhões ou 60% do total, serão destinados a três pastas: Administração Geral do Estado (30,1%), Secretaria de Projetos, Orçamento e Gestão (15,3%) e Secretária de Educação (12,8%).
Traduzindo em miúdos: em plena crise da pandemia mundial, o governo irá destinar mais dinheiro para a burocracia estatal e menos para a saúde.
A Secretaria de Saúde, que hoje seria a quarta em despesas no orçamento de 2021, com pouco mais de R$ 23 bilhões (8,6% do total), sofrerá um corte de 3,3% dos recursos, ou cerca de R$ 820 milhões, como visto nesta tabela.
A técnica do Dieese da subseção SindSaúde-SP, Joana Cabete Biava, denuncia que a análise da PLOA 2021 “reforça a constatação de que o governo do estado de São Paulo não tem um projeto de investimento para a saúde de São Paulo e não está prevendo dar uma resposta contundente à crise sanitária no orçamento para 2021”.
Os cortes irão atingir todos os órgãos da Saúde, incluindo os das administrações direta e indireta, exceto a Fundação Pró-Sangue.
“O PLOA 2021 está prevendo R$ 820 milhões a menos em despesas do que as previstas inicialmente na LOA 2020, e R$ 4,1 bilhões a menos da previsão atualizada para o ano de 2020, após serem considerados o impacto da pandemia nas despesas da saúde”, explicou ela.
Para a secretária de Organização Sindical do SindSaúde-SP, Roseli Ilidio, os cortes prenunciam que pode haver demissões.
Na opinião da diretora do SindSaúde-SP, a peça orçamentária demonstra o quanto a saúde não é uma prioridade para o governo do estado. “Faz parte da política dos governos tucanos sucatear a saúde pública para terceirizar depois”, criticou.
O “Santo Doria”, na verdade, é um criminoso, um demônio político que não tem vacina, nem hospitais com testes, respiradores, não tem servidores, e agora, não vai ter mais orçamento de saúde em meio ao agravamento da pandemia.
É preciso derrubar todos os golpistas antes que o massacre aumente ainda mais.