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Imperialismo

Científicas? OMS, Unicef e Unesco querem alunos no matadouro

Além da imprensa golpista, órgãos anteriormente considerados como “científicos” pela esquerda pequeno-burguesa saem em defesa da volta às aulas e do genocídio

Nas últimas semanas, tem se discutido amplamente sobre uma das questões centrais da pandemia no Brasil: a volta às aulas. A imprensa burguesa, de forma generalizada, tem feito uma constante campanha de propaganda em prol do retorno presencial, afirmando, como por exemplo na Folha de São Paulo, que o surto de coronavírus já se encontra em um nível no qual é viável retornar às escolas de forma segura e controlada. Decerto que esse não é o caso, afinal de contas, nada foi feito para que houvesse algum tipo de mudança no quadro pandêmico brasileiro. Pelo contrário, é óbvio que a tendência, neste momento, é a de um agravamento na situação.

O fato é que, no momento em que a juventude se encontra em casa, a economia, como um todo, é colocada em um processo de recessão. Afinal de contas, quando os alunos estão em período letivo, consomem alimentos, utilizam o transporte público e, além disso, obrigam os pais a também saírem às ruas para trabalhar. Nesse sentido, a volta às aulas presenciais vem como uma política genocida do grande empresariado nacional – e internacional, ou seja, do imperialismo – para reduzir suas perdas em meio à pandemia.

Agora, além dos governadores golpistas e da imprensa burguesa, entra em jogo mais um elemento que, anteriormente, era considerado como “científico” pela esquerda pequeno-burguesa. Recentemente, a OMS, a Unicef e a Unesco vieram a público para declarar que a volta às aulas presenciais deve ser prioridade dos governos como forma de garantir que a juventude não seja tão afetada pela pandemia. Utilizam argumentos como a saúde mental e a própria evasão das escolas por parte dos alunos da periferia. Todavia, deve ficar mais do que claro que esse tipo de política não passa de uma grande demagogia com a população, jogada à mercê de sua própria sorte desde o começo da crise mundial.

Vale analisarmos as declarações de Florance Bauer, representante da Unicef no Brasil:

Precisamos pensar no impacto das escolas fechadas. Apesar da tentativa de manter as atividades de forma remota, muitos alunos não conseguiram acessá-las […] Precisamos enxergar como uma questão de urgência colocar as crianças na escola novamente. Manter as unidades fechadas deveria ser apenas em casos extremos.

Fica claro que, para esse tipo de organização, uma pandemia histórica que resultou na morte de mais de 130 mil pessoas só no Brasil não é um caso extremo. Acima disso, afirma que a manutenção do ano letivo por meio das atividades digitais – o EAD – é completamente inviável ao ponto de a única opção que nos resta é promover o genocídio generalizado da juventude por meio da volta às aulas presenciais. Ou seja, investir na solução e na administração da pandemia no Brasil não é uma opção no sentido de que representa uma perda financeira para a burguesia, colocando a responsabilidade toda em cima da população, como fica claro por sua seguinte declaração:

A volta vai exigir um comprometimento de todos, por isso, é importante que todos, professores, alunos funcionários, se sintam seguros e saibam o seu papel para evitar o contágio dentro da escola

Finalmente, temos agora, mais do que nunca, a prova cabal de que essas organizações que anteriormente pareciam estar preocupadas com a população mundial não passa de mais um aparato influenciado pela burguesia que, no final, fica completamente à reboque dos interesses do imperialismo. A atual pandemia trouxe ensinamentos valioso para a classe operária e, um deles, é que não pode confiar em absolutamente ninguém senão sua própria organização. Daí que vem a necessidade do estabelecimento de um governo operário: é a única forma de garantir que os trabalhadores tenham seus direitos e, além disso, suas próprias vidas defendidos.

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