O sofrimento da população em decorrência das medidas adotadas pelo governo golpista de Michel Temer não para de crescer.
Logo após a derrubada do governo de Dilma Rousseff, em 2016, por um golpe de estado arquitetado pelo imperialismo norte-americano em parceria com a direita brasileira, várias medidas neoliberais anti povo trabalhador e pró banqueiros e grandes empresários foram adotadas à reboque das leis e da constituição.
Essas medidas visam sobretudo retirar de quem tem menos para transferir para quem tem mais, obrigando à classe trabalhadora a pagar pela crise do sistema capitalista.
Dentre as medidas está a EC 95 (Emenda Constitucional) aprovada em 2016, que tramitou na câmara federal e no senado com os nomes de PEC 241 e PEC 55 (Proposta de Emenda Constitucional), respectivamente.
Essa EC, congela por 20 exercícios financeiros (20 anos) gastos em setores primários e sensíveis da sociedade, como educação, saúde, saneamento, segurança pública e moradia.
Em decorrência disso, o orçamento da cidade de Esperança (PB), que já era pequeno, encontra-se cada vez mais estrangulado, levando o prefeito a impor por meio de um decreto o cancelamento do atendimento médico de algumas especialidades.
A cidade possui 33 mil moradores e apenas 4 médicos e devido ao precário sistema de transporte, as pessoas não conseguem se deslocar até a capital, distante 150 km de Esperança.
Precisamos salientar que a EC 95, foi aprovada com os votos dos Bolsonaros pai e filho (Eduardo), à época deputados federais e com todo o apoio das bancadas direitistas, cuja intenção é fazer demagogia para impor ao povo um regime de total abandono.
Na mesma data em que o prefeito Nobson de Almeida (PSB), baixou o decreto, sindicalistas do Sintab (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema), acionaram o ministério público e conseguiram reverter judicialmente a medida.
Embora o sindicato tenha obtido essa vitória temporária, sabemos que a população não terá seus direitos protegidos pelas instituições, uma vez que todas as arbitrariedades cometidas contra o povo tiveram o aval do judiciário golpista.
Cidades como Esperança, nos interiores do país, são as que mais sofrem com as medidas neoliberais tomadas pelo governo Temer e que serão aprofundadas com o próximo governo dos militares que deram o golpe na democracia, ordenados pelos interesses dos grandes capitalistas internacionais.