Da redação – O ex-presidente do Equador no governo de Rafael Correa, Jorge Glas, assim como o ex-presidente brasileiro, Lula, é um preso político do imperialismo, condenado sem provas, como vem acontecendo em diversos países latino-americanos. Na última semana, a imprensa mundial noticiou que Glas iniciou uma greve de fome por tempo indeterminado e começou a denunciar: “Minha vida corre perigo”.
Glas decidiu fazer um apelo, também como Lula vem aumentando no tom de suas cartas abertas, à Santa Sé, à ONU, à OEA, à Corte Interamericana, à Corte de Haia, aos juristas do mundo, aos organismos de defesa dos direitos humanos para que vão ao Equador presenciar as arbitrariedades que estão sendo cometidas contra ele e seus companheiros. O problema aqui, está no fato de que esses órgãos são tomados pelos países imperialistas, os que estão realizando golpes de estado em todos os países onde interessam, matando milhões de pessoas, e agora, fazendo presos-políticos os líderes da esquerda.
É preciso uma ampla denuncia dentro das fileiras operárias, em todos os países da América-Latina, dentro do campesinato, sendo necessário que os partidos de esquerda lutem contra o imperialismo de forma consequente, organizando as bases dos movimentos sociais, articulando autodefesa do povo, para que assim, chamem a atenção dos povos explorados para essa movimentação de caça e perseguição real que vem acontecendo.
Leia a íntegra da carta:
“Cidadãos do mundo,
Sou um preso político. Pelo ódio sem limites me trasladaram sem motivo de prisão, apenas para humilhar-me, apenas por vingança. Minha vida corre perigo.
Alguém no mundo deve fazer algo, a Santa Sé, a ONU, a OEA, a Corte Interamericana, a Corte de Haia, juristas do mundo, organismos de defesa dos direitos humanos.
A judicialização da política deve ser considerada um delito de lesa-humanidade. Usam delitos como a associação ilícita, para condenar sem provas, para que entidades e juristas do mundo venham ao Equador ver o que está acontecendo, um país com uma Controladoria sem nomeação, Procurador “encarregado” designado a dedo, um Conselho da Magistratura nomeado a dedo. Peço ao mundo que venha rever meu caso, o de Rafael Correa e outros companheiros. Alguém deve parar esta carnificina política.
Declaro-me em greve de fome por tempo indeterminado, até que venham ver o que está acontecendo no Equador. Parem a carnificina política! O mundo não pode ser indolente com a perseguição política contra todo líder progressista na América Latina.
Já basta!
Faço a greve de fome por mim e por meus companheiros. É um grito ao mundo. Sou uma pessoa, tenho família, estão violando todos os meus direitos humanos. Lamento muito a dor que causo a minha família com esta decisão, mas há causas pelas quais vale a pena morrer.
Até a vitória sempre!
Jorge Glas Espinel”