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Ciclone em Moçambique: a opressão do imperialismo causa tanta catástrofe quanto um desastre natural

O sudeste africano (Moçambique, Zimbabwe, e Malawi) está sendo atingido pela passagem do ciclone Idai, desde a última quinta-feira (14). O ciclone já vitimou mais de 450 pessoas (número que pode crescer exponencialmente) e  estima-se que afetou diretamente outras 1,7 milhão nos três países. Contudo a região mais afetada pelos fortes ventos, que chegaram a 177 quilômetros por horas, é pelas chuvas torrenciais foi a Costa Central de Moçambique, o país confirmou mais de 200 mortes e milhares de desabrigados.

O presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi (FRELIMO), que pretende decretar Estado de emergência Nacional, afirmou que a cifra de vítimas fatais pode chegar a mais de 1000, neste que está sendo classificado como a maior crise humanitária do sudeste africano em duas décadas.

A importante cidade portuária Beira, uma das mais modernas e segunda maior cidade do país, com 500.000 habitantes, atrás apenas da capital Maputo, foi a mais afetada pelo Ciclone. A maior parte da infraestrutura da cidade foi afetada ou destruída, não há água potável e nem energia elétrica.

Nos distritos vizinhos a Beira que também foram atingidos milhares continuam a em telhados ou em copas de árvores. Parte substantivas das casas foram destruídas pelas águas e pelo vento ou encontram-se inundadas, por conta das inundações causadas pelo transbordamento dos rios Búzi e Pungue.

As equipes de resgate trabalham para resgatar os sobreviventes, refugiados em telhados ou em copas de árvores. O governo decretou três dias de luto nacional e exortou a população a unir-se para superar a tragédia.

No Zimbábue foram registrados 98 mortes, número que poderá subir. No Malawi há pelo menos 150 mortos e 80.000 desabrigados. Os resultados catastróficos do Ciclone sobre a população de Moçambique e do sudeste africano, contudo, não devem ser atribuídos exclusivamente às forças cegas da natureza. Trata-se sobretudo, da exploração imperialista brutal que este países foram historicamente submetidos e da corrente do subdesenvolvimento, atraso que o imperialismo os atou.

Moçambique, por exemplo, foi Colônia de Portugal até 1975, quando a revolução libertou o país do jugo estrangeiro. O país, contudo, extremamente pobre ficou ainda nao debilitado com os 10 anos de luta armada que terminou com a independência. Samora Machel, primeiro presidente da República popular de Moçambique, líder da Frelimo Frente de Libertação de Moçambique) herói nacional promovem uma série de transformações na economia que deram impulso ao país.

Porém o imperialismo, em especial francês e Norte Americano financiaram a oposição, impulsionaram uma Guerra Civil que durou 20 anos e devastou a infraestrutura do país. Com a morte suspeita de Samora Machel em 1986 começou-se as negociações para o fim da guerra civil, o governo da FRELIMO, partido único do país, começou uma série de transformações econômicas impostas pelo imperialismo no sentido neoliberal, se bem que não tão profunda como o imperialismo pretendia.

Com fim da guerra Civil nos anos de 1990, Moçambique passou a ser um país multi partidário e a Renamo, partido dos opositores a serviço do imperialismo, que desfecharam a guerra Civil, o segundo partido do país. O imperialismo procurou a todo momento manter Moçambique como uma país atrasado e pobre, intervindo violentamente para isso. Esse atraso imposto é um dos principais responsáveis pela extensão da tragédia, que poderiam ser grandemente minimizada caso o país dominasse a tecnologia e possui-se a infraestrutura mais avançada.

Os crimes do imperialismo se dão direta e indiretamente, pelo que ele faz e pelo que impede a todo custo os países atrasados de fazerem.

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