A tensão comercial entre China e EUA aprofundou-se com a declaração do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta quinta-feira (1), quando afirmou que planeja aplicar tarifas adicionais de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas, à partir do início de setembro.
Nesta sexta-feira (2), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chuying, denunciou a medida de Trump e classificou como chantagem a declaração do presidente norte-americano. Além disso, afirmou que o país asiático deverá retaliar os ataques dos EUA.
“Se os Estados Unidos aprovarem essas tarifas, então a China terá que adotar as contramedidas necessárias para proteger os interesses principais e fundamentais do país”, disse Hua. E ainda afirmou que não irão “aceitar qualquer pressão máxima, intimidação ou chantagem. Sobre as principais questões de princípio não cederemos nem um centímetro”.
As declarações dos dois países coloca um fim abrupto à tentativa de apaziguar a guerra comercial. Durante reunião do G-20, havia sido anunciada uma trégua entre os dois países e o reinício das negociações entre os países.
O aumento das tensões gerou um resultado negativo nas bolsas de valores. A Ibovespa (bolsa brasileira) desacelerou após a fala de Trump na quinta-feira (1), fechando o dia aos 102.125 pontos.
Guerra comercial
A guerra comercial iniciou com uma chantagem do imperialismo norte-americano aos chineses, que representam toda uma ala de países atrasados que estão em ascensão.
Para realizar uma sabotagem econômica ao país, Trump anunciou, em março 2018, tarifas de 25% sobre 50 bilhões de dólares de alta tecnologia chineses e 10% sobre 200 bilhões de dólares de outras mercadorias.
Os chineses retaliaram poucos dias depois, de forma correta, com aumento das tarifas a produtos (U$ 60 bilhões) dos Estados Unidos.