Ele acrescentou que a redução nas projeções se deve a uma deterioração mais acentuada na situação econômica do que havia sido estimado no início da pandemia.
O funcionário acrescentou que a queda na demanda doméstica chegaria a -9,8%, pior que a contração de -3,3% esperada em abril, enquanto o índice de preços ao consumidor (IPC) fecharia 2020 em -2,8%.
Segundo Dipres, projeta-se para este ano um déficit fiscal ajustado de -3,5% do PIB, acima da meta assumida após o surto social de 18 de outubro de 2019, que era de -3,2%.
As projeções de Dipres preveem uma contração de -16,1% da receita do governo central em comparação a 2019, o que representa a pior queda desde 2009, quando a redução foi de -20,7%.
Isso se deve principalmente à deterioração do cenário macroeconômico e, em parte, às medidas tributárias de redução temporária e facilidade de pagamento em meio à pandemia, enquanto os gastos crescerão 11,4% neste ano, seu nível mais alto desde 2009.
Segundo as autoridades, isso se deve às medidas econômicas promovidas pelo governo para enfrentar a crise da saúde e ao recente acordo entre o Executivo e parte da oposição, para a criação de um fundo de 12 bilhões de dólares para enfrentar a crise sanitária, econômica e social pelos próximos 24 meses.