A situação no Chile está, literalmente, pegando fogo nas últimas semanas, quando uma série de manifestações contra as políticas neoliberais de Sebastián Piñera forçaram a população a ir às ruas se manifestar contra o aumento das passagens e outras tentativas de arrancar dinheiro da população. Agora, centenas de manifestantes estão convocando uma marcha em Santiago e em outras localidades do Chile na última sexta-feira (25), tudo isso depois de uma intensa semana de atos que já deixaram 17 mortos e muitos outros presos.
Diante dessa situação, os caminheiros resolveram se juntar às manifestações, bloqueando o fluxo das principais rodovias que dão acesso a capital, isso porque eles também reivindicam a não cobrança de pedágio nas estradas, onde muitas estão nas mãos do setor privado há mais de 20 anos. Ainda assim, as linhas de metrô de Santiago estavam operando parcialmente, depois de uma semana de serviço suspenso, devido às grandes manifestações do povo chileno que resultaram no Estado de exceção, em que o governo de Piñera colocou o exército nas ruas, a fim de contar a fúria popular, contudo, foi uma atitude ineficaz, pois o povo não se rendeu.
De maneira semelhante ao que aconteceu no Brasil em junho de 2013, a insatisfação popular expressa nas manifestações nas ruas começou pelo aumento da passagem de metrô, mas logo foram agregadas outras reivindicações ligadas à saúde, educação e previdência, tendo em vista que a economia chilena é uma das mais desiguais da América Latina. O povo chileno que saiu às ruas não deixou que a direita cooptasse o movimento, assim, seguem a todo vapor nas ruas e mostrando a fúria contra os grandes monopólios da imprensa burguesa.
A decisão dos caminhoneiros foi algo totalmente acertado, principalmente por eles terem o poder de paralisar o País, já que são responsáveis por distribuir no País todos insumos importantíssimos. Quando os trabalhadores percebem o poder que têm, não há direita que os impeça de ir pra cima, a classe trabalhadora é a sustentação de todo esse modelo econômico exploratório, sendo assim, se os trabalhadores param, o país para junto e a burguesia começa a se desesperar com a revanche.
O ato da última sexta-feira (25), apesar de não ter uma liderança exposta, foi chamado de “A Maior Marcha do Chile” na Praça Itália, ao lado do palácio presidencial, em Santiago. A América Latina está se levantando com toda a força contra a onda fascista e neoliberal que vem engolindo os países atrasados daqui, que coloca na conta do trabalhador os gastos para manter uma burguesia parasitária. Todo apoio aos caminhoneiros e ao povo chileno que está firme em suas lutas contra o governo de Piñera!