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Cesta básica custa 50% do salário mínimo que deveria ser de 5 mil

Em um período marcado por recessão, desemprego e empobrecimento, cesta básica aumenta mais de 23%, levando até mesmo o Dieese a defender salário mínimo próximo de R$5 mil

A pesquisa mensal sobre a cesta básica, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no último dia 6 e tendo como base os levantamentos feitos no mês de setembro, apontam que a cesta básica subiu em todas as 17 capitais pesquisadas, elevando ainda o valor compreendido pela entidade como o que seria o mínimo vital, a equiparação do salário mínimo com os objetivos dispostos no artigo sétimo, inciso quarto da Constituição Federal, a saber:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (…)

IV –  salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Exceto por Brasília, cuja variação do preço da cesta no período de 12 meses ficou em 6,13% (contra 2,44% da inflação oficial medida pelo IPCA), todas as capitais apresentaram um aumento de dois dígitos no custo da alimentação, com inflação média da cesta básica superando 23,65% durante o período. Sobre a variação no acumulado de 12 meses, há que se destacar ainda os casos de Goiânia, com mais de 30% de aumento, e Salvador, com 33,12%.

Florianópolis teve o maior o valor da cesta básica no levantamento do Dieese, R$582,40, compreendendo inacreditáveis 60,25% do salário mínimo. A variação mensal no preço foi de 9,8% e, no acumulado dos últimos 12 meses, 28,02%. Em segundo lugar entre as capitais com alimentação mais cara para os trabalhadores brasileiros, o Rio de Janeiro teve o valor médio da cesta em R$563,75, elevação de 6,42% em relação ao mês passado e 23,03% em setembro de 2019. Em terceiro lugar, a cidade de São Paulo registrou uma alta de mensal de 4,33% e 18,89% em relação ao mesmo período do ano passado, com a cesta básica custando R$563,35.

Com a atualização dos dados sobre a alimentação, o Dieese estipula o valor de R$4.892,75 como o mínimo vital capaz de cumprir o estabelecido pela norma constitucional. O valor vigente é de R$1.045,00, mais de 78% abaixo do necessário, entendido como tal não por uma Constituição elaborada por trabalhadores mas pelos grandes capitalistas.

Além da aprofundar a defasagem em relação ao mínimo vital, a carestia fez com a que cesta básica consuma, na média nacional, 51,22% do salário mínimo vigente. Esta média acaba sofrendo distorções consideráveis em razão das disparidades regionais, levando a cesta mais cara (Florianópolis) e a mais barata (R$422,31 em Natal) a apresentarem uma diferença de quase um terço.

O caso reforça a política de salário mínimo vital, defendida pelo PCO, que estabelece o salário vital em R$5 mil e chama a classe trabalhadora brasileira a lutar pela equiparação do mínimo vigente ao mínimo constitucional sem mais demoras, dado que o avanço galopante da carestia pode colocar até mesmo esse valor em defasagem com a dura realidade vivida pelas massas operárias do Brasil.

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