Foi registrada, no último final de semana, a invasão da reserva indígena dos Uru-eu-wau-wau, em Rondônia, próximo ao município de Governador Jorge Teixeira, cerca de 300 km da capital. Os invasores eram grileiros que ameaçam a reserva a mando dos latifundiários, armados de facões e serras elétricas, eles afirmam que as terras serão divididas e que se houver reação irão “meter bala”.
Há cerca de dois meses havia ocorrido outra tentativa de invasão, onde os grileiros estavam em aproximadamente cinquenta motos e prometeram voltar duzentas numa próxima vez. Os invasores também ameaçam pessoas da reserva quando as mesmas vão ao mercado ou algum outro lugar da cidade, aproveitam que estão isoladas para fazer ameaças da forma covarde sempre utilizada pela extrema-direita.
De acordo com um morador da reserva, cerca de 25km de terras já foram devastadas, e também é importante destacar que existem diversas aldeias na reserva, e a população se encontra com medo dos grileiros e outros contratados dos latifundiários para a invasão das terras, inclusive, eles espalham o boato para a população da cidade de que haverá terras para comprar na reserva, que vem sendo loteada pelos invasores.
Fazendeiros, pecuaristas, madeireiros e posseiros fazem ameaças constantes a povos indígenas no que diz respeito a tomar suas terras. Com a chegada da extrema-direita no poder, a partir da eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, essas pessoas já se acham no direito de tomar, sem nenhum pudor, as terras das reservas indígenas no território nacional, isso não se restringe a Rondônia, há também ameaças do mesmo tipo no Maranhão, por exemplo.
Contra a investida fascista nas terras indígenas, que visa expulsar a população de suas terras para desmatar e ganhar dinheiro com as mesmas, é necessário mobilizar para que aquele que naturaliza tal situação seja tirado do palácio do planalto. Somente com Bolsnonaro fora da presidência e todos os golpistas do governo, os povos indígenas terão respeitados seus direitos e suas terras.