Da redação – Nesta terça-feira (17), mais de um milhão de pessoas saíram às ruas de toda a França para protestar contra o projeto de reforma da previdência do governo neoliberal de Emmanuel Macron.
Contando a capital, Paris, as principais cidades da França e as províncias do interior, o povo saiu mais uma vez a protestar, nesse que é o 13º dia de movimentação grevista na nação europeia. Segundo o Ministério do Interior, 615 mil pessoas participaram dos protestos a nível nacional e, em Paris, havia 72,5 mil manifestantes.
Le cortège parisien fourni, dense et déterminé ! #greve17decembre FO en FOrce pour nos #Retraites pic.twitter.com/KUo4qjDzmc
— Force Ouvrière (@force_ouvriere) December 17, 2019
Porém, as estimativas da principal central sindical francesa, a Central Geral do Trabalho (CGT), elevam para 1,8 milhão de pessoas nas ruas de todo o país e, somente na capital, por volta de 350 mil trabalhadores.
Categorias como os ferroviários (que têm estado na vanguarda da greve), professores, funcionários públicos, advogados, trabalhadores da saúde e outras paralisaram suas tarefas e cruzaram os braços.
— MyFO Airbus Marignane (@FOairbushelico) December 17, 2019
Foi a primeira que a central sindical direitista, a CFDT, se somou à greve, ela que não lutou até o momento pela revogação da reforma, apenas criticando demagogicamente alguns de seus aspectos. Esse reposicionamento mostra que a central foi obrigada a participar publicamente do movimento grevista pela pressão do conjunto da classe operária, se não perderá totalmente qualquer apoio que tenha de sua base.
Esse novo dia de greve havia sido anunciado uma semana atrás pelos sindicatos, indicando a disposição de luta da classe operária francesa contra o regime neoliberal de Macron. Os acontecimentos na França têm colocado a classe operária cada vez mais na cena política, protagonizando o início de uma convulsão social que pode começar a tomar conta de toda a Europa.