Na última segunda-feira (09), o vereador fascista Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) publicou no Twitter uma mensagem ameaçadora contra qualquer resquício de democracia que possa existir no Brasil.
“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos”, escreveu “Carluxo”, como ficou conhecido um dos filhos do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Trata-se de uma nova ameaça de golpe feita pela extrema-direita, dentre muitas que ocorreram desde o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff em 2016.
Essa frase escancara pela enésima vez o caráter abertamente fascista da família Bolsonaro e do núcleo duro do bolsonarismo. Não pouparão esforços para, quando possível, estabelecer uma verdadeira ditadura fascista, removendo do caminho todos os seus adversários políticos, a começar pela esquerda, e dizimando o movimento operário.
No entanto, pelo perigo que representa essa ameaça para a população, é grande a probabilidade de reação popular através da mobilização dos movimentos de luta contra o golpe e a direita. Até porque essa declaração tem a capacidade de mobilizar setores mais reacionários das Forças Armadas a favor de um golpe militar, e a população tenderia a se movimentar de maneira mais radical contra essa ação.
Sabendo da gravidade dessa declaração para a própria estabilidade do regime golpista, a direita que é igualmente golpista ou mesmo fascista criticou a posição de Carlos Bolsonaro.
O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, um fascista de carteirinha, fez novamente demagogia ao dizer que a democracia é “fundamental” e um dos “pilares da civilização ocidental”. Por sua vez, o presidente do Senado, David Alcolumbre, disse que esse tipo de comentário merece “desprezo”, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, destacou que essa posição “não cabe em um país democrático”.
Já o abutre golpista Ciro Gomes, que tenta mas não consegue se passar por esquerdista, afirmou que “não precisamos saber a opinião desse boboca, mas precisamos que Bolsonaro diga claramente que foi uma bobagem. Ele deve defender o estado democrático”.
Para além das brigas intestinas desse setor representativo de uma ala da burguesia com Bolsonaro, há uma clara intenção corretiva em relação às posturas do presidente legítimo e seus filhotes fascistas. Faz parte da tentativa de colocar Bolsonaro na linha para evitar o aprofundamento da crise do regime golpista, já intensamente desgastado e impopular.