A crise política do governo golpista e fraudulento de Bolsonaro se acentuou ainda mais na última semana, após as gigantescas mobilizações que tomaram as ruas de todo o país no dia 15 de maio, contra o governo golpista de extrema-direita. Bolsonaro vem perdendo apoio a cada dia que passa, e os próprios aliados do governo começam a abandonar o barco, como Janaína Paschoal, MBL, entre outros.
A crise do governo de extrema-direita é decorrência direta da crise política aberta em 2016, após o golpe de estado contra a presidente Dilma Rousseff. Diante da falência do atual governo golpista, setores direitistas no interior da esquerda, como Fernando Haddad do PT, Orlando Silva do PCdoB, Guilherme Boulos e Marcelo freixo do PSOL, buscam “construir” um acordo com os setores tidos por essa esquerda como “democráticos” no interior da direita, o chamado “Centrão”, PSDB, MDB, DEM, PDT, etc. A política de “virar a página do golpe”.
Muito longe de serem “democráticos”, tais setores sempre foram abertamente golpistas. Vale lembrar que quem organizou o golpe de estado contra o governo petista em 2016, de maneira mais direta, não foi a extrema-direita bolsonarista, mas o próprio Centrão, a direita tradicional. O pedido de impeachment foi levado adiante por Eduardo Cunha do PMDB, apoiado por todo o PSDB de Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso, o DEM de Rodrigo Maia, Ronaldo Caiado, etc.
Nesse sentido, a política do chamado Centrão em nada difere, em seu conteúdo, da política bolsonarista, da extrema-direita. Trata-se da mesma política neoliberal de ataque a todos os direitos da população, de extermínio da povo pobre e negro nas periferias, de impor uma situação de terra arrasada em todo o país.
É preciso destacar também que esta tentativa de acordo entre o Centrão e os setores direitistas da esquerda visa evitar a desestabilização do regime político burgues cada vez mais falido, de por fim a cada vez mais crescente polarização política, em síntese é uma política de sustentação do próprio governo Bolsonaro. É preciso opor a esta política de capitulação e de acordo, uma política de enfrentamento das massas contra o golpe de estado. É necessário impulsionar a palavra de ordem que está na boca de todo o povo: Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Exigir novas eleições, com a participação do ex-presidente Lula. Liberdade para Lula, Lula Candidato!