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Centrão faz tudo para salvar Bolsonaro: Randolfe (Rede) pede impeachment de Weintraub

O moribundo “governo” Bolsonaro – já não há qualquer dúvida sobre isso – é um cadáver insepulto que, de forma ainda muito prematura, apodrece à luz do dia ante aos olhos da população e do eleitorado nacional. O ex-capitão do Exército e parlamentar de sete mandatos obscuros foi guindado ao cargo máximo do país numa operação que não foi outra coisa senão a maior e mais escancarada fraude eleitoral de toda a história do país, um verdadeiro estelionato contra a vontade da maioria da população.

Todavia, a operação montada pelos representantes do que há de mais reacionário e retrógrado no país para conduzir um medíocre parlamentar do baixo clero ao Palácio do Planalto, já deu com os “burros n’água”; já naufragou, sem que ainda fossem completados seis meses desde a posse do presidente fantoche do imperialismo, dos bancos, das corporações econômicas, da extrema-direita e da burguesia golpista.

O esgotamento precoce da operação fraudulenta engendrada pelo conjunto das forças reacionárias do país se fez conhecer já no início do terceiro mês de “governo”, em março, quando na maior festa popular do país, o carnaval, centenas de milhares de pessoas e foliões em quase todo o país ocuparam as ruas, praças e avenidas dos diversos estados entoando cânticos (VTNC) pedindo o fim do governo fraudulento.

De lá para cá o que se vê em quase todo o país é o crescimento generalizado das manifestações de repúdio ao governo, seja elas menores, localizadas ou específicas. Bolsonaro vem se se tornando, nesse curto espaço de tempo, uma espécie de unanimidade nacional, onde até mesmo setores da bizarra direita nacional vem pedindo a sua cabeça, tamanha a impopularidade do seu governo, que já registra índices de desaprovação superiores à sua aprovação.

Nenhum outro governante, na história recente do país, foi à lona em tão pouco tempo, revelando que o atual ocupante do Planalto nada mais é do que uma improvisação de última hora do imperialismo e da burguesia golpista para fraudar a vontade popular que, como ficou demonstrado em todas as pesquisas de opinião durante o processo eleitoral, desejavam ver ocupando a cadeira presidencial não o miliciano fascista, mas o ex-presidente Lula, condenado e preso pela justiça “lavajatista” para não poder concorrer às eleições de 2018.

Está mais do que claro que o atual regime e seus representantes – incluindo o governo Bolsonaro, obviamente – estão sustentados por “alfinetes” e que bastaria um sopro para todo o edifício golpista ruir e desmoronar, sem que praticamente nada ficasse de pé. Nas ruas, a população já manifestou o seu mais completo repúdio e a sua mais total insatisfação com os usurpadores golpistas. No último dia 15 de maio, mais de um milhão de estudantes, professores, servidores públicos e outros segmentos de trabalhadores fizeram ecoar por todo o país o grito que já é o “mantra” oficial das ruas e das praças do Brasil neste momento: FORA BOLSONARO!

Contudo, na contramão desta enorme tendência de luta manifestada por um expressivo contingente da população, o que vemos por parte da quase totalidade da esquerda nacional é a tentativa de garantir uma sobrevida ao governo Bolsonaro, ao regime golpista que lhe dá sustentação e à extrema direita. Isso se expressa na recusa dos representantes destes setores da esquerda em se sintonizar com o grito das ruas, com as aspirações das massas populares, que exigem o fim do atual governo e de todas as medidas antipopulares de ataque às suas condições de vida.

Esta política infame, de prostração e derrotas diante de um governo completamente falido e repudiado pela maioria da população é o resultado da mais absoluta incapacidade de um setor da esquerda brasileira em compreender o atual curso dos acontecimentos, o desenvolvimento da situação política (que se inclina rapidamente à esquerda) e a formulação de uma estratégia correta, de luta e de enfrentamento ao regime golpista de fome, miséria e terror contra o conjunto da população explorada do país.

Uma expressão clara desta política é a atuação de um setor dito de “oposição” dentro do parlamento, na Câmara Federal e no Senado. Diante da mais completa bancarrota do governo e da evaporação cada vez maior da sua base de sustentação (PSL, “Centrão”, partidos nanicos fisiológicos), representantes desta mesma “oposição”, ao invés de explorar estas contradições e fraturas intestinas dos governistas, aprofundando a crise para acelerar o ocaso do governo, agem exatamente no sentido contrário, buscando oferecer um oxigênio adicional aos golpistas.

A “luta” desta oposição se resume a manobras e ações no terreno exclusivo da institucionalidade, como ficou demonstrado na “bravura” e na “combatividade” do Senador  Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que declarou estar entrando com um pedido de impeachment contra o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, depois que o obscuro ministro olavista desrespeitou e intimidou a parlamentar do PDT-SP, Tábata Amaral. Gostaríamos de perguntar ao excelentíssimo senador da Rede qual a eficácia, qual o propósito desta ação, qual o efeito prático desta medida diante da iminente queda do governo Bolsonaro e de todo o seu ministério bizarro, canhestro e desorientado.

Esta política, é preciso que fique claro, é um beco sem saída para orientar a luta popular contra o moribundo governo, contra o regime golpista e seus asseclas. O senador Randolfe, com esta postura, se alia aos parlamentares reacionários do chamado “Centrão”, que buscam uma alternativa desesperada para salvar o desesperado Bolsonaro e o conjunto do regime, diante da mais completa debacle do governo e das instituições apodrecidas, que servem de fachada para o ataque cada vez maior contra o povo trabalhador e a soberania do país. O que Randolfe Rodrigues está propondo é menos ainda do que o impeachment do próprio Bolsonaro, hipótese que setores da própria direita já cogitam contra o presidente, na perspectiva de salvar o regime golpista e dar continuidade aos ataques do imperialismo, do grande capital e da burguesia contra os trabalhadores.

Em oposição a esta política de derrotas e sem qualquer eficácia para oferecer uma perspectiva de lutas vitoriosas dos trabalhadores e do conjunto da população para a etapa que se abre, em função da crise terminal do governo Bolsonaro, é necessário colocar em marcha um plano e uma estratégia que coloque na ordem do dia a luta para colocar fim não só ao governo do ocupante clandestino do Planalto, mas que aponte para a liquidação completa e cabal de toda a estrutura golpista no país erguida pelo imperialismo, a burguesia e a extrema direita nacional, levantando a palavra de ordem de Fora Bolsonaro, Liberdade para Lula, Eleições gerais com Lula candidato.

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