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Amigos do patrão

Centrais pelegas boicotam atos: é preciso romper de vez com elas

É preciso destacar que as “centrais” sindicais que atuam ao lado dos patrões estão contra os atos de rua, como o 29 de maio e o 19 de junho

Na contramão da tendência à radicalização das massas, centrais sindicais pelegas se negam a participar do ato do dia 19. Essa postura, no entanto, é digna do velho peleguismo das sindicais fajutas e de brinquedo dos patrões. Enquanto a população se desloca à esquerda, os pelegos procuram impor barreiras contra a mobilização popular, servindo como escudo dos capitalistas e um entrave para o avanço dos trabalhadores contra o golpe.

Após reunião realizada na quarta-feira passada (02), ficou nítida a posição da maior central sindical do país quanto à realização dos atos do dia 19 de junho. Para a CUT, os atos devem ser realizados. Já para a Força Sindical, uma espécie de apêndice dos patrões, os atos não devem ocorrer. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não apenas apoia os atos, como pensa em expandi-lo. Para João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST e membro da Frente Brasil Popular, o intuito é aumentar de 250 para 500 cidades, incluindo cidades de porte médio do interior de Londrina (PR) e Bauru (SP).

Para justificar a sabotagem, os pelegos apelam a todos os artifícios e desculpas possíveis. Segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, em entrevista à Folha de S. Paulo, “os movimentos populares estão querendo impor uma data para as centrais. Isso é ruim. Não existem duas manifestações de uma semana para outra para conquistar a mesma coisa. A experiência sindical nos mostra isso. Tem que ter mais tempo”. Ora, o que esperar dos pelegos? É esse pé no freio que os capitalistas utilizam através da burocracia sindical para impedir as massas de conquistarem suas demandas. Em se tratando de centrais artificiais como a Força Sindical, é sabido que suas direções são super corruptas e mafiosas, apenas isso; não têm nada além disso, não têm base operária.

Mas essa atitude não é exclusiva dos pelegos da Força Sindical. Ao firmar meio pé no muro da desmoralização, Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), pendeu para o lado da direita e buscou equilíbrio com a ajuda da brisa do oportunismo. Em todo caso, sua resposta foi contra os atos. Vejamos a desculpa do dirigente. “Estamos muito preocupados com a possibilidade de os atos aumentarem a propagação do coronavírus, que já matou quase 500 mil brasileiros por culpa desse governo genocida. Para quem desejar ir assim mesmo, recomendamos que sigam todos os protocolos sanitários: usem máscara PFF2, álcool em gel e mantenham distância de pelo menos dois metros”, afirmou Neto.

É preciso destacar que as “centrais” sindicais que atuam ao lado dos patrões estão contra os atos de rua, como o 29 de maio e o 19 de junho. Isso, obviamente, é um boicote. Ao contrário dos arremedos patronais, as organizações sindicais e populares que possuem uma base popular concreta estão agindo de acordo com os interesses da classe trabalhadora. A CUT, que tem mais de 4 mil sindicatos, tem uma militância, ou seja, que possui uma base poderosa, se colocou a serviço da população oprimida, pressionada por essa mesma base.

Essas outras centrais, não. Tudo o que elas fazem em uma frente com a CUT é sabotar a luta, é impedir o avanço da CUT e do movimento sindical e operário como um todo. Por isso, o fato de elas não quererem participar dos atos é muito positivo, pois revela quem elas são e pelo menos não atrapalham os atos. Essa é uma boa lição para a população: quem são seus aliados e quem se junta aos inimigos. As “centrais” sindicais que se negam a sair às ruas estão agindo abertamente contra a classe operária, servindo de apoio para o governo golpista. Melhor tê-los longe, ninguém quer essas centrais pelegas.

O que é preciso é uma aliança entre as organizações operárias e populares, uma frente única dos trabalhadores da cidade, do campo, da juventude e dos partidos de esquerda para ampliar o movimento e organizá-lo a fim de levar um milhão às ruas no dia 19 de junho e manter uma jornada de mobilizações que derrube Bolsonaro e todo o regime político golpista.

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