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Ocupar a fábrica

Centrais defendem a Ford ao invés de defenderem os demitidos

Tratando como Vítima a Ford, Burocracia faz campanha à multinacional e demais empresas sejam isentas de impostos e recebam mais subsídios, a exemplo da Ford que recebeu 20 bilhões

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) juntamente com outras entidades resolveu que, para defender os trabalhadores brasileiros da ganância dos patrões, é preciso dar mais dinheiro a esses sanguessugas.

Apesar dos patrões, mesmo em uma situação de pandemia, terem aumentado o lucro de suas empresas, incluindo os bancos entre vários outros setores industriais e de serviços, essas entidades resolveram, como fossem representantes das federações das indústrias, do comércio, etc., que não seria o momento de mudar as regras de cobrança do ICMS, “onerando empresas e colocando empregos em risco, em plena pandemia”.

Dá-se assim continuidade à paralisia do ano de 2020, mais precisamente a partir de março, quando os sindicatos fecharam as portas. Mesmo diante da crise que, naquele momento vinha se aprofundando, devido aos ataques que a classe trabalhadora recebia dos golpistas.

No mês de março, quando, no Brasil, a pandemia do coronavírus começou a se alastrar, havia sido marcada uma paralisação em todo o país diante dos ataques dos golpistas. No entanto, as direções sindicais resolveram cancelar esse movimento que tendia a acirrar ainda mais os ânimos dos trabalhadores contra os ataques do fascista Bolsonaro que estava dando continuidade ao que tinha começado pelo golpista Temer, que inclusive vinha se intensificando cada vez mais.

As centrais, então, seguiram o órgão imperialista, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que implementou a política do “fique em casa”, que, aliás, não servia para os trabalhadores que continuavam pegando ônibus lotados para irem trabalhar, enquanto os patrões ficavam em casa, só observando suas contas bancárias crescerem. Os sindicatos resolveram aderir ao imperialismo e também fecharam os sindicatos, deixando os trabalhadores que ficavam expostos à contaminação do Covid-19 e sem ter por onde recorrer. Ou seja, estiveram e estão totalmente vulneráveis.

Os ataques se aprofundam e os patrões são agraciados pelo governo

O governo golpista, para salvaguardar os patrões, criou medidas que protegiam os capitalistas com vultuosas somas. Foram distribuídos trilhões de reais, sendo que, em uma única medida de proteção, foi R$ 1.2 trilhão, no entanto, os trabalhadores que estavam colocados à própria sorte, receberam de presente “de grego” a Medida Provisória 936/2020. A MP tinha como único objetivo, proteger ainda mais os patrões, tanto é que os trabalhadores tiveram o contrato de trabalho suspenso, os salários foram brutalmente confiscados, pois os reduziram em até 75% e, pior ainda, após o término de vigência da Medida Provisória, os patrões podiam simplesmente demitir, em plena pandemia.

Uma das empresas que começaram com esse brutal ataque aos trabalhadores foi a Embraer. Daí para frente, inúmeras empresas decidiram fazer o mesmo, a Mercedes Benz, no interior de São Paulo, Yoki, no Rio Grande do Sul, etc.

Neste mês de janeiro de 2021 temos a notícia do fechamento de uma centenária montadora no Brasil que é a Ford, onde milhares de trabalhadores ficarão sem emprego. Cinco mil diretos, cerca de 50 mil no setor, sendo que, em apenas uma única fábrica, bem como sua periferia, as autopeças da região, soma 12 mil trabalhadores, incluindo os familiares, são mais de 200 pessoas atingidas em Camaçari (BA). No entanto, a esquerda pequeno-burguesa, bem como a burocracia sindical, faz uma campanha política de que a Ford, que registrou lucro líquido de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, valor seis vezes maior que os US$ 400 milhões registrados em igual período do ano anterior, é uma vítima da história, mesmo a montadora tendo embolsado mais de R$ 20 bilhões de subsídios, (de dinheiro vindo dos impostos pagos pelos trabalhadores), inclusive nos governos do PT. Ou seja, o fascista Bolsonaro, bem como o governador João Doria do golpista PSDB, não fizeram investimentos para agradar a empresa.

Como ironia, essa burocracia tem como política apoiar o governador de SP, onde todas as empresas que têm ações idênticas às da Ford, apesar de fazer os trabalhadores de escravos, demitirem em massa, igualmente seriam vítimas e precisariam que o governo golpista do PSDB revisse o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), para não onerar os patrões.

Os sindicatos precisam abandonar as férias dos burocratas, abrir as portas, convocar as plenárias, assembleias e a CUT abrir uma discussão em todas as categorias sobre como enfrentar as demissões e realizar uma campanha nacional de luta.

Por uma campanha nacional

A Corrente Sindical Nacional Causa Operária está chamando ao ativismo classista a cerrar fileiras, sair à luta, para colar cartazes, distribuir panfletos contra as demissões e privatizações, defendendo a redução da jornada de trabalho, greve, ocupação e confisco das empresas como a Ford, Volkswagen ou Yoki, que estão demitindo em massa.

É preciso impulsionar essa perspectiva nos locais de trabalho, nas entidades sindicais, nos movimentos de luta, nos bairros operários, entre outros meios, através da constituição de Comitês de Luta contra o desemprego.

É o único caminho para sairmos vitoriosos.

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