As eleições gerais de 2018 seguem com as portas do arbítrio e da censura cada vez mais escancaradas contra a esquerda. Depois de impor uma verdadeira ditadura no que diz respeito às regras – totalmente restritivas e cerceadoras à livre participação democrática dos partidos e candidatos – a justiça eleitoral, através do TSE e dos TRE’s, desde o início da campanha, vem impondo uma implacável perseguição ao Partido dos Trabalhadores e suas candidaturas.
Depois da cassação do direito legal e constitucional do ex-presidente Lula em participar como candidato ao pleito de outubro; de antes disso, impedir que Lula estivesse presente nos debates em programas de rádio e TV; após o absurdo de censurar a participação do ex-presidente inclusive nos programas eleitorais do seu próprio partido, agora surge uma outra censura, ainda mais draconiana. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo exige que o PT paulista não veicule o nome de Lula na propaganda do partido no horário eleitoral. Um completo escândalo.
Enquanto persegue de forma implacável as candidaturas da esquerda (PCO, PT), o TRE paulista – um ninho de juízes tucanos, assim como toda a “justiça” paulista – sequer faz qualquer referência a candidaturas representantes da direita. Um exemplo é a campanha do deputado estadual André Soares, filho do missionário pentecostal RR Soares, onde o candidato usa e abusa da imagem do pai para pedir votos, sem ser minimamente incomodado ou ameaçado pelo Tribunal.
A ingerência direta e ostensiva do TRE ditando o que pode e o quer não pode ser veiculado no material de propaganda dos candidatos caracteriza uma clara perseguição à esquerda nas eleições, o que vem acentuar o caráter farsesco do atual pleito eleitoral, totalmente dominado e controlado pela ditadura dos juízes e dos tribunais. No caso do PT paulista, o TRE estadual estipulou uma multa de R$ 5.000 por dia caso a legenda e/ou algum candidato insista em trazer em seu material de propaganda qualquer alusão ao ex-presidente.
A temporada de caça à esquerda foi inaugurada ainda no primeiro mandato do ex-presidente Lula, em 2005, com a farsa do julgamento do “mensalão”. De lá para cá, as investidas da direita, da burguesia e do imperialismo só se intensificaram, chegando ao criminoso golpe de estado em 2016 que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, na perseguição e condenação sem provas do ex-presidente; a prisão política de Lula e prosseguindo com o pisoteamento da Constituição e controle total e absoluto das eleições pelo judiciário golpista.