Censura no futebol

Censura: PM retira faixa de torcida do Corinthians

PM reforça seus planos de controle sobre arquibancadas, mesmo vazias

Na noite do dia 10, em partida válida pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Itaquerão. No entanto, um acontecimento bastante duvidoso precisa ser denunciado, a censura que a PM de São Paulo infringiu contra a “torcida” corinthiana, que foi a retirada de uma faixa de provocação básica desta torcida contra a “torcida” palmeirense, onde lia-se “O Palmeiras não tem mundial”.

A alegação da PM foi de que a faixa  fazia provocação contra a torcida adversária. Talvez a PM quisesse evitar que essa provocação iniciasse uma briga de xingamentos entre torcedores no Twitter. Evidentemente sabe-se que as reais intenções da instituição ao cometer essa censura é avançar no seu plano de controle sobre essas organizações populares que são as torcidas organizadas, afinal a PM nunca foi uma instituição pacifista, ao contrário, quando não é agressora de torcedores nos estádios, no mínimo ela é cúmplice de um ou outro grupo de torcedores que cometem uma covardia contra um rival.

Uma partida entre Palmeiras e Corinthians deixa os fascistas fardados ainda mais preocupados, afinal são as duas maiores torcidas de São Paulo, são as torcidas que puxaram atos contra o racismo e fascismo em maio, logo é uma maneira de adverti-las caso estas estendam faixas que denunciem a ditadura em que o Brasil vive, basta lembrarmos que no ano passado a PM do Rio de Janeiro apreendeu um uma faixa da Botafogo Antifascistas apenas porque continha o nome da mesma organização.

O que se coloca então é um aprofundamento da ditadura iniciada em 2016, e ao mesmo tempo o aprofundamento do domínio da burguesia sobre as arquibancadas, afinal converge com o fascismo que o futebol seja um negócio cada vez mais voltado ao lucro e cada vez menos voltado ao lazer e cultura do trabalhador. A própria ideia de haver jogos sem torcida evidencia que a burguesia não enxerga o torcedor como algo que torna o futebol de fato o esporte mais popular do mundo. Embora a burguesia imponha com pressa que o operário deva entrar em ônibus, trens e metrôs lotados 5 vezes por semana, este não tem o direito de entrar em um estádio de futebol, espaços abertos onde nem todos os espaços lotam.

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