Uma importante autora paquistanesa-britânica, Kamila Shamsie, perdeu um prêmio de prestígio por apoiar o movimento BDS de apoio ao povo palestino.
Foi anunciado no dia 10 de setembro que a autora receberia o prêmio Nelly Sachs. Mas por conta de declarações publicadas pela autora, em que demonstra seu apoio ao boicote a Israel liderado por palestinos, o júri decidiu retirar o prêmio.
O Prêmio Nobel Alemã-Judaica Nelly Sachs é concedido pela cidade alemã de Dortmund a um escritor reconhecido por promover “tolerância e reconciliação”.
Segundo os júris, eles reconhecem a excelente obra literária da autora, porém “o posicionamento político de Shamsie de participar ativamente do boicote cultural como parte da campanha BDS está claramente em contradição com os objetivos estatutários do prêmio”.
Em resposta à reversão do prêmio, Shamsie disse ter sido um motivo de grande tristeza para ela “que um júri se curvasse à pressão e retirasse um prêmio de uma escritora que exercita sua liberdade de consciência e liberdade de expressão”.
A decisão de retirar o prêmio a Kamila Shamsie insere-se num quadro mais geral, particularmente na Alemanha. Em maio, o parlamento alemão aprovou uma moção que condena o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).
O movimento internacional BDS trabalha para acabar com o apoio internacional para a opressão dos palestinos de Israel e pressionar Israel a respeitar o direito internacional.
O prêmio que diz ter como objetivo “promover a tolerância’, está censurando uma autora por exercer sua liberdade de expressão e apoiar a causa Palestina, ou seja, até importantes prêmios como esse, sofrem a interferência dos imperialistas. Sendo assim, fica claro a importância da luta pela liberdade de expressão e o combate à censura daqueles que atendem aos interesses imperialistas.