Um sinistro ocorrido no ultimo dia 30/12/2020 na região sul de Minas Gerais, onde algumas cidades do Sul de Minas ficaram sem energia elétrica na véspera do réveillon, guarda muitas semelhanças com o sinistro ocorrido no Amapá no mês de novembro de 2020. Ambas são fruto de privatizações, sucateamentos e descaso com o serviço público e com a população brasileira.
No caso mineiro, o sinistro ocorreu em uma subestação da Cemig, localizada no município de Poços de Caldas, na noite desta ultima 4ª feira 30/12/2020, às 22.30h segundo o Corpo de Bombeiros, a explosão de um para-raios acabou ocasionando um apagão em aproximadamente 6 municípios mineiros (Guaxupé, Andradas, Muzambinho, Nova Rezende, Machado e Alfenas, além da própria Poços de Caldas), todos os municípios tiveram o restabelecimento de energia em poucas horas.
Um episódio semelhante ocorrido no mesmo estado, mais precisamente no dia 21/10/2020, onde um outro apagão no sul de Minas Gerais, desta vez em uma subestação no município de Lavras, ligada a Usina Hidrelétrica de Ututinga, provocando o desligamento de outras 13 subestações. Segundo a Cemig, ventos fortes provocaram este sinistro, de acordo com a mesma Cemig, as cidades de Varginha, Campo Belo, Boa Esperança e Santana da Vargem, além da própria Lavras, foram diretamente afetadas com esse apagão, mas o fornecimento de energia elétrica foi imediatamente restabelecido.
Ao contrario do caso ocorrido no Amapá, onde um outro sinistro deixou 13 cidades (Macapá, Santana, Mazagão, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Cutias, Itaubal, Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene, Ferreira Gomes e Pracuúba) em um completo apagão por aproximadamente 15 dias, (apenas os municípios de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e OIapoque, ficaram fora do apagão) ambos os casos decorrem da incompetência dos governos neoliberais, que privatizam os serviços públicos sem tomar o devido cuidado com a manutenção e com a qualidade dos materiais elétricos e com a prestação dos serviços, estas privatizações provocam o sucateamento e a péssima qualidade na execução do serviço, tudo visando o LUCRO, e pior com a devida conivência dos órgãos reguladores desse serviço, como a Aneel e a ONS.
Ambos os fatos levam a um único questionamento, os governos federal e estaduais devem repensar urgentemente sobre essas privatizações, devem repensar sobre como elas estão sendo feitas e sobre a prestação dos serviços públicos, em alguns casos, como no Amapá, deve ser feita a reestatização, pois a solução do problema foi feita pelo poder público e não pela Isolux (concessionária), o povo brasileiro não pode pagar pela incompetência dos governos e do capital imperialista.