O Brasil vai avançando a passos largos para uma ditadura fascista inclusive no futebol. O último passo foi a censura da CBF que acionou criminalmente Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo, cobrando do sindicalista com a ameaça de processo criminal, explicações sobre uma entrevista concedida à Rede Globo em 28 de agosto onde é criticada a postura criminosa da entidade(CBF) em relação à retomada do futebol em meio à pandemia da Covid-19.
Na entrevista Martorelli apenas insinuou onde estariam os problemas relativos à contaminação pela covid, com o fato de não emergirem mais testes positivos após a alta nas primeiras rodadas dos campeonatos nacionais. com a seguinte fala: “É muito estranho. É muito estranho que de repente, depois de tudo que a gente viu, de mais de 60 atletas, comissão técnica, todo mundo contaminado, e esses atletas que tiveram, continuaram tendo contato não contaminaram mais ninguém? É muito estranho. Talvez a CBF esteja conseguindo a imunização que o mundo precisa?”
No último período tem sido muito comum ver as torcidas serem barradas de se manifestar politicamente nos estádios, com esse discurso de que futebol e política não se misturam, mas ao mesmo tempo cartolas e pessoas do mundo do futebol estão a todo momento se relacionando com o mundo da política em troca de interesses pessoais. O ataque ao sindicalista Rinaldo martorelli é apenas o avanço das políticas repressivas agora para cima de personalidades que minimamente se colocarem na defesa dos setores explorados, como o fez Martorelli.
O ataque à Martorelli, na figura de um presidente de sindicato, significa o avanço de ações fascistas através da justiça capitalista, onde os mandatários da CBF na defesa dos interesses dos grandes capitalistas do esporte, estão condenando pessoas ligadas ao futebol, sejam atletas, seus familiares ou outros trabalhadores dos clubes a morte e ao mesmo tempo, procurando esconder o alastramento da contaminação entre estes. Tudo para seguir em frente os campeonatos com os lucros dos grandes capitalistas do futebol.
Somente a organização dos torcedores e dos próprios jogadores pode fazer frente a esta continua repressão e censura política contra jogadores, contra torcedores e agora contra um representante dos jogadores de futebol no Brasil, comandada e realizada pela CBF.