É de notório conhecimento o ataque fascista feito ao Diário Causa Operária na última semana (18/7), em que o site foi invadido e em pouco menos de uma hora foi destruída toda a estrutura do site, além de quatro mil matérias que constituem um acervo histórico desse jornal online. O ataque foi um enorme prejuízo e teve como objetivo a destruição da imprensa operária. Uma coisa gangsterista, fascista e criminosa. Frente a esse ataque bárbaro, que é inconfundivelmente o método do aparato repressivo ditatorial que saqueia o País, o Partido da Causa Operária está realizando uma campanha de solidariedade com este Diário frente ao ataque da extrema-direita.
Mas por que justamente o maior ataque cibernético à esquerda foi justamente a este Diário? Simples, o DCO é diferente de todos os outros jornais que existem. Mesmo entre a imprensa de esquerda, o método de funcionamento da imprensa operária é extremamente diferente. Justamente porque é um jornal de tipo revolucionário. Não apenas dá a notícia, como é de praxe do jornalismo burguês, mas denuncia abertamente o regime político da burguesia, acompanha e analisa as manobras da burguesia e do imperialismo, denuncia sistematicamente as opressões impostas à classe trabalhadora.
E o seu ponto mais crucial é que é um jornal que participa das mobilizações populares. Que efetivamente organiza essas mobilizações, tanto na forma online como na forma imprensa. Fala abertamente o que deve ser feito, como deve ser feito, quem deve fazer. É uma imprensa prática, que participa da História, do movimento operário, isto é, que interfere na luta de classes e orienta os trabalhadores com base nos seus próprios interesses de classe, acima dos interesses corporativos de cada categoria. A imprensa operária é a orientação política da classe trabalhadora. É o meio pelo qual a luta dos trabalhadores avança para uma ofensiva contra a burguesia e contra claro os cães de guarda do regime: o fascismo.
Por não recuar em dizer qual lado toma, por não sucumbir às pressões dos “bem pensantes” da pequena-burguesia e da burguesia que dizem que um jornal não pode ser “parcial”, isto é, não pode ficar ao lado dos trabalhadores. E, pelo contrário, denunciar duramente todos aqueles que se colocam como um obstáculo à luta dos trabalhadores, o jornal se mostrou um incômodo, uma pedra no sapato do regime golpista. Por isso, soltaram os cães raivosos do fascismo para cima do jornal.
Tal como nos aponta Lênin, o Partido operário deve ter um jornal que é um organizador coletivo. Que orienta, denuncia, que aponta para os trabalhadores o rumo da revolução e ao socialismo. Isto é o DCO. Um jornal político, pois a luta dos trabalhadores é política. Por isso que o ataque que sofremos é um ataque à organização da classe operária de conjunto, logo, um ataque fascista. E como todo ataque fascista a uma organização operária orientada, irá ser respondido à altura.