Nesta quinta-feira (26), o vereador do Partido dos Trabalhadores, Renato Freitas, participou do programa do Coletivo de Negros João Candido Tição, programa de preto, na Causa Operária TV. A partir das 14h começou a entrevista com o companheiro. Vários assuntos foram colocados em pauta, como por exemplo, as chacinas que estão nas periferias de todo o país.
Renato Freitas falou um pouco sobre sua vida pessoal antes de entrar na política. Apontou que não era dos melhores alunos da escola, durante a infância. Mas, ao longo dos anos, a sua experiência com o Rap foi lhe dando consciência politica e de classe. Afirmou, também, que a sua realidade junto às outras crianças do local onde morava apontava uma necessidade de se esclarecer politicamente.
De acordo com o vereador, a luta politica o tocou mesmo após ingressar na universidade e, durante o curso de serviço social, seu contato com a história foi fundamental. Começou sua militância no PT, passou para o PSOL e depois retornou ao Partido dos Trabalhadores, onde se elegeu vereador à capital do Paraná em 2018, com mais de 5.000 votos.
A primeira pergunta do entrevistador, Caio Túlio, foi sobre a perseguição que sofre o parlamentar em Curitiba. Neste momento, Freitas enfrenta um processo na câmara de vereadores, que pede a cassação de seu mandato.
No dia 5 de fevereiro, Renato participava de um ato junto com outros militantes de esquerda, denunciando o assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe no Rio de Janeiro. No final do ato, a mobilização adentrou a uma igreja em Curitiba – Nossa Senhora do Rosário dos Negros. Essa ação motivou o processo de cassação do vereador.
O debate colocado é que essa questão não passa de uma perseguição politica. Renato relatou todo o acontecido e também falou como anda a situação do processo, que nesse momento está suspenso por decisão de uma juíza, após uma denúncia de e-mail recebido por Freitas com comentários racistas.
Freitas comentou a situação do golpe de Estado contra a presidenta do PT em 2016. Falou sobre os movimentos de rua que antecederam a derrubada da Dilma e suas ações politicas também depois do golpe. Criticou também setores que da esquerda que se perderam durante as movimentações e acabaram, de uma forma consciente ou não, favorecendo o regime golpista instalado no Brasil de hoje.
O parlamentar afirma diante de uma pergunta do entrevistador, que essas cassações de parlamentares estão se tornando uma verdadeira caça às bruxas e têm se transformado num joguete politico para eliminar adversários. De acordo com Renato, nessas situações, quem será mais punida e quem mais sofrerá com esses ataques sempre será a esquerda.
A luta do povo negro foi central em toda a discussão. Os últimos casos de chacinas e crimes da Polícia contra o povo preto e pobre têm sido destaque nos jornais do Brasil e do mundo. Para reverter essa situação, Freitas tem a mesma clareza da politica emitida por esse Diário, que é de chamar o povo a lutar por Lula presidente, por um governo dos trabalhadores.