A política do governo golpista e ilegítimo de Jair Bolsonaro de liberar a mineração em terras indígenas, pode afetar um terço das reservas que existem no país. De acordo com a Constituição de 1988, as terras são da União e a posse pertence permanentemente às comunidades indígenas.
Os maiores beneficiários desta política serão as grandes mineradoras internacionais, além da destruição das comunidades indígenas, realizarão um verdadeiro saque dos minérios presentes nessas terras.
Estudiosos e lideranças indígenas alertam para o risco de que a medida dê início a um massacre aberto das comunidades indígenas, além da destruição do meio natural. Essa tendência já esta sendo verificada na prática. Desde o golpe de estado, o número de assassinato de indígenas no Brasil tem disparado. Um relatório publicado pelo Conselho Indigenista Missionário, o CIMI, em 2017, apontou que entre 2016 e 2017 houve um aumento no número em 14 dos 19 tipos de violência sistematizados no Relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. O último caso, por exemplo, foi a invasão da comunidade Waiãpi no Amapá, o que levou ao assassinato da liderança indígena Emyria Waiãpi.
No caso dos povos indígenas é mais do que urgente a organização dos comitês de auto-defesa para se defender da ofensiva da direita. É preciso também unificar a luta dos índios com a luta dos demais setores explorados, ou seja, pela derrota do golpe de estado. Fora Bolsonaro.