O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, responsável pelo plantão no recesso do judiciário, assinou na segunda-feira (16) uma decisão acolhendo o pedido da defesa do Senador Flávio Bolsonaro para suspender temporariamente todas as investigações em curso que tenham como base dados compartilhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita Federal.
Segundo O Globo, “todos os processos que discutem provas obtidas pelo Fisco e pelo Coaf sem autorização judicial devem esperar decisão definitiva da Corte”, que deverá julgar o compartilhamento de dados por órgãos de controle e fiscalização apenas em novembro.
Vale lembrar que no final de 2018, o Coaf divulgou relatório em que operações suspeitas de deputados da Alerj, onde apareceu a movimentação do “assessor” da Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que depositou dinheiro na conta de Michelle Bolsonaro, mulher do presidente ilegítimo, em uma clara ação de lavagem de dinheiro.
Desta forma, a decisão de Toffoli vem claramente para defender Flávio Bolsonaro de uma possível investigação por parte de um setor da burguesia. Os golpistas estão em crise, brigando entre eles, e diante da fragilidade do governo Bolsonaro, setores bolsonaristas estão começando rodar, como o ex-ministro de Bolsonaro Gustavo Bebianno eo ministro do turismo Marcelo Álvaro Antonio.
Com medo de que a crise chegue até família Bolsonaro, como ocorreu em diversos momentos – caso aerococa, assassinato de Marielle, etc. -, Toffoli decidiu defender a família. Ele que é uma marionete dos militares, que fazem parte do governo e querem salvá-lo da intensa crise.
A decisão de Toffoli, entretanto, desagradou determinado setor dos golpistas, como Rachel Dodge (PGR), que afirmou temer uma manobra para impedir investigações. Declarando também que tentará reverter a decisão do ministro, explicitando a crise do judiciário golpista.