Como já havia sido dito pela imprensa operária e revolucionária, a ofensiva dos militares tem a ver com o aprofundamento do golpe, uma nova etapa dele, e portanto, é estritamente relacionada ao problema central de luta política nacional: a prisão do ex-presidente e principal dirigente da América Latina, Luiz Inácio Lula da Silva.
Isso fica evidente quando, em uma semana, sete Generais das Forças Armadas ameaçaram o Supremo Tribunal Federal (STF), que irá julgar hoje (04/04) o habeas corpus do ex-presidente. Estes setes são apenas os que revelaram seus posicionamentos; no interior do Alto Comando, a opinião deve ser hegemonicamente pela prisão de Lula. Estão deixando recados bem claros, se não prender o Lula, haverá um golpe militar.
O Comandante do Exército, Eduardo Villas-Bôas, em sua conta Twitter, disse: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.” Além dele, houve ameaças do General Mourão e de Lasser, além de quatro outros Generais que responderam Villas-Bôas dizendo que estavam prontos e que o Brasil estava acima de tudo, igual falavam os deputados que votaram pela deposição de Dilma Rousseff, no dia da votação do impeachment.
É necessário reagir contra o avanço do exército. Urge que a esquerda se organize em seus movimentos, partidos e sindicatos para criar uma força unificada contra os golpistas, o golpe militar e o fascismo crescente. Trata-se agora de uma luta de vida ou morte entre a classe trabalhadora e as classes dominantes.