Na última sexta-feira (2), um companheiro, militante do PCO, dentro do prazo legal para registro de candidatura, através do Registro de Candidatura Individual, foi protocolar a candidatura do PCO, em Macéio (AL). Ao chegar no cartório eleitoral, o atendente se negou a receber o pedido, apesar da previsão legal e da regularidade dos atos praticados pelo partido e pelo militante.
O setor jurídico do PCO entrou imediatamente em contato com o funcionário, que continuou se negando a protocolar a candidatura e alegando que o advogado do partido “não manda em nada por aqui” e que “a decisão está tomada, o juiz já decidiu”.
Além de negar o pedido, o atendente expulsou o militante da sala do cartório, que é pública, tentando intimidá-lo aos gritos dizendo que ele seria muito novo e não sabia o que estava fazendo e chamando-o de “massa de manobra”, num ataque de histeria.
A reação do funcionário, que deveria “servir ao público” mostra uma clara tendência bolsonarista e também deixa explícito que a justiça eleitoral está diretamente ligada aos interesses da burguesia. Os partidos de esquerda não devem alimentar ilusões nas eleições, e sim, usá-las para denunciar seu caráter completamente anti democrático, persecutório e fraudulento.
O partido entrará com um mandado de segurança, para garantir as candidaturas, e vai fazer campanha contra a cassação do PCO nas eleições em Alagoas.
A tentativa de cassar os partidos menores, como o PCO, que apesar de não terem chances de se eleger, fazem nítidas denúncias à direita golpista e à fraude eleitoral demonstra que a ditadura imposta pelos tribunais, que já era grande, está cada vez maior com o avançar do golpe de Estado.