Mike Pence, vice-presidente estadunidense, participará de reunião com representantes dos países integrantes do Grupo Lima, na próxima segunda feira (25), em Bogotá, capital colombiana, para discutir a suposta crise na Venezuela.
Apesar de eleito democraticamente, a imprensa golpista chama Nicolás Maduro de ditador e diz que apenas o México, dentre os 14 países do bloco, não reconhece Juan Guaidó como presidente. Não fazem qualquer menção aos governos ilegítimos do grupo, como os do Brasil e do Paraguai, por exemplo, frutos diretos de um golpe de Estado.
Ainda afirmam que 50 países reconhecem a legitimidade de Guaidó. Mas sem dizer que só a União Africana tem 55 países que apoiam a legitimidade de Maduro e que, além destes, China, Rússia, Turquia, Irã, Índia, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Belarus, Sérvia, Coreia do Norte e muitos outros países reconhecem Maduro como presidente dos venezuelanos.
Os capachos imperialistas dizem que Pence ajuda o governo de Trump na administração da crise na Venezuela (superinflação, falta de alimentos e remédios). O que devemos entender por ajudar a sabotar a economia sequestrando petróleo e impedindo transações no sistema financeiro internacional.
O governo estadunidense declarou que a luta na Venezuela é entre “democracia” contra “ditadura”. Entretanto, se formos partir da próprio lógica da democracia burguesa, a Venezuela é um dos países mais democráticos do mundo (senão o mais democrático), uma vez que, ao longo dos 20 anos de governos chavistas, ocorreram 25 eleições, e, na última presidencial, Maduro teve, percentualmente e em relação ao total do eleitorado, mais votos do que Donald Trump, que perdeu no voto popular para sua adversária, Hillary Cliton. Então, onde é a democracia e onde é a ditadura?
Por isso, devemos defender o direito fundamental da autodeterminação do povo venezuelano e não a ingerência imperialista.
Por bloquearem a mentirosa ajuda humanitária, Donald Trump ameaçou as forças armadas bolivarianas dizendo que não encontrarão porto seguro, saída fácil ou escapatória. Ressaltou que a intenção é uma transição pacífica mas que todas opções estão em aberto.
Diante desta conjuntura, a ida do vice-presidente, Mike Pence, para Bogotá, denuncia o caráter de empregadinhos do imperialismo desses governos. São os Estados Unidos quem mandam nesses países contra suas próprias populações. Na verdade, a viagem de Pence à Colômbia consiste em comandar ataques contra Venezuela que está ameaçada de guerra.