Da redação – O ex-presidente neoliberal do Brasil, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), divulgou nesta quinta-feira (20) uma carta aberta pedindo a união dos candidatos “que não se aliam a visões radicais”, e, reforçando a análise deste diário, deixou mais do que claro a manobra da burguesia pró-imperialista para eleger seu representante, Geraldo Alckmin (PSDB).
Com o requinte de cinismo de sempre, FHC deixou os nomes de lado para convocar um acordo ao centro, elegendo, através de uma frente “anti-extremista”, “quem melhores condições de êxito eleitoral tiver”.
Não é necessário nomes para saber que o capacho do imperialismo norte-americano está articulando abertamente os votos contra o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL) e contra o candidato da esquerda, Fernando Haddad (PT), pois os mesmos representam a polarização existente, mas que, não podemos esquecer, foi aberta com o golpe, levado à cabo, por entre outros, FHC, como um dos representantes do imperialismo no Brasil.
A carta representa a política neoliberal, que tem como finalidade enganar o povo e destruir seus direitos. Afinal, qual partido comandou a articulação do golpe a serviço dos EUA, colocando seus maiores líderes, como Aloysio Nunes, José Serra, o próprio FHC, que causaram uma miséria crescente, fruto da entrega das riquezas nacionais e da destruição da economia? Exatamente, o PSDB. E esse partido, de acordo com as ordens do imperialismo, é o que deve governar o Brasil para garantir a entrega dos recursos brasileiros ao capital internacional.
Este diário operário vem alertando sistematicamente o erro em combater o “mal maior”, que seria Bolsonaro, se esquecendo que, para a burguesia, no atual momento, vale muito mais o candidato dito de “centro”, que joga água na situação para continuar durante algum tempo a agenda de entregas. O candidato dos grandes capitalistas é Alckmin e não Bolsonaro, como nas últimas eleições nos EUA, era Hillary Clinton e não o fascista descontrolado Donald Trump.
E aqui, vale ressaltar ainda, que o movimento de mulheres organizado contra o candidato do fascismo brasileiro, tem origens direitistas, servindo aos interesses da burguesia, utilizando Bolsonaro como “espantalho” de votos, colocando medo nas pessoas que, em cima da hora, vão correr para o “mal menor”, o candidato do partido golpista e entreguista tucano. A imprensa golpista pró-imperialista também já começou uma campanha contra a “polarização”, contra os “extremos” representados por Bolsonaro e Haddad.